O BOM PROFESSOR PARTICULAR
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Por: Marco C.
29 de Outubro de 2017

O BOM PROFESSOR PARTICULAR

Comunicação Geral

  O BOM PROFESSOR PARTICULAR

O seu guia na floresta mágica do conhecimento

         O papel da relação professor-aluno no processo educacional é tema de debates incessantes na sociedade pós-moderna e dos quais se depreende uma valorização crescente da educação individualizada, conceito que tem o professor particular como seu maior expoente. Singelamente, devemos entender que educar simboliza o entrar no mundo do outro como meio de ajudá-lo a encontrar o seu próprio caminho. Nesta aventura de descobertas, o professor particular, munido de uma visão mais abrangente da sua área de expertise, servirá de bússola para o estudante alcançar seus objetivos:  um guia na floresta do conhecimento a apontar trilhas mais seguras de aprendizado.

        No entanto, também o professor particular não conhece todos os atalhos - e não tem como conhecê-los todos - afinal, a floresta do conhecimento é mágica e se modifica na mesma velocidade das informações. Nesse sentido, a possibilidade de sucesso do tutor dependerá sim da sua capacidade de partilhar informações e vivências, mas mormente da tolerância para que o aluno possa organizar o seu pensamento singular, e não simplesmente replique o existente: o aprendizado é uma experiência individual e que depende da estrutura cognitiva de cada um, de modo que essa relação especial deve ser pautada pelo respeito às diferenças.

         Pode-se pensar que, diante de um mundo que jorra informações através das mídias digitais, a figura do professor particular seja ultrapassada. Justamente o contrário, uma sociedade apressada e cada vez mais automatizada muitas vezes não encontra tempo para escutar as necessidades específicas de cada estudante, e logo não será eficiente em entender os seus mundos nem em respeitar os seus tempos de aprendizado (e carecerá essa mesma sociedade da tão necessitada mão-de-obra qualificada no futuro). Assim, mais do que nunca e antes de tudo, um bom professor particular é um bom ouvinte.  Só assim ele será capaz de reconhecer aquele pedacinho de informação, como a peça restante de um quebra-cabeças, que está faltando ao raciocínio do seu aluno para que vejamos finalmente em seus olhos aquela expressão de: “ah, entendi! ” O sucesso da aprendizagem às vezes requer a atenção de um cirurgião altamente treinado que saiba corrigir minimamente a rota do pensamento sem causar danos aos demais, e que fundamentalmente entenda que esse mecanismo é intrincado e delicado.

         Outro aspecto importante para ser um professor particular de excelência é saber conectar o conteúdo a ser abordado com a realidade do aluno. Nas áreas de matemática e física, por exemplo, as ferramentas são notórias: das finanças à música digital, o planeta vem se tornando cada vez mais automatizado e inteligente, e, por consequência, altamente “matematizado”. Nas áreas das humanas, pode-se debater eventos históricos que se comuniquem com a realidade social, política ou econômica do aluno. Nesse sentido, saber criar uma ponte entre o conhecimento teórico e o prático significa empoderar e dar mais cidadania ao aprendiz, de modo que ele se sinta valorizado e parte integrante desse mundo inovador e recheado de descobertas. Esse trabalho pode ser, portanto, uma maneira de promover inserção social e de causar impacto positivo na sociedade.

          Como requisito último (mas não menos importante), o bom professor particular deve ter amor pela sua atividade e pelo seu aluno. Essa é uma daquelas profissões em que não se consegue esconder as verdadeiras intenções. Claro que a recompensa financeira é importante, mas ela será necessariamente consequência da capacidade de empatia do tutor: as pessoas enxergam quando a gente se preocupa de verdade com elas, e também o aluno perceberá. Esse ponto não é uma utopia, é realidade: se houver uma desconexão emocional entre o professor e o aluno, tal fato se refletirá diretamente na atenção e na qualidade de aprendizado. Provavelmente, todos nós já tenhamos passado a odiar um assunto ou disciplina em função de professores distantes e sisudos que tivemos na escola, e talvez alguns de nós já tenhamos escolhido carreiras e opções de vida como consequência do encanto e da ligação que tivemos com nossos mestres. Isso é simples de explicar, pois, em geral, gostamos das ideias as quais entendemos, e as entendemos porque sentimos empatia por quem as comunica. Tenha interesse genuíno, professor, a relação de aprendizado é uma relação de confiança, e não confiamos em quem não se demonstra interessado pela vida da gente. Esteja presente, somos todos antes alunos do que professores, e também nós já precisamos algum dia de ajuda, de alguém ao nosso lado com quem contar num momento de dificuldades. 

         O seu sucesso na empreitada, caro professor particular, dependerá, em suma, do seu trabalho duro, do seu estudo, da sua dedicação e da atenção que dispensa à realidade específica do seu aprendiz; afinal, a customização do aprendizado é uma realidade e reflete a valorização atual do indivíduo como sujeito único na história e como sujeito principal da sua própria história. Somos todos diferentes; logo, ninguém aprenderá como seu aluno aprende, e ninguém vai ensinar como você ensina. E, se tudo isso for feito corretamente e com amor, a sua maior recompensa será a visão de felicidade e de agradecimento no rosto do seu companheiro de jornada, o qual seguirá um dia sozinho a explorar novas florestas de conhecimento e a conquistar os seus próprios seguidores.

 

Marco C.
Marco C.
Porto Alegre / RS
Responde em 23 h e 11 min
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