Os Fantasmas na Física
Por: Fabio R.
25 de Fevereiro de 2015

Os Fantasmas na Física

Física Óptica EM Cargas elétricas Elétrica Ação

Certamente quando você leu o título deste artigo imaginou que eu fosse tratar de mitos e preconceitos pertinentes à Física. Não. Eu vou falar de fantasmas, daqueles que aparecem em filmes e desenhos animados etalvez de alguns que vocês já tenham até visto.

Não é a primeira vez que utilizo filmes para explicar alguns conceitos da Física - pode ser que vocês tenham lido "Star Wars pela Óptica da Física" - e venho notando que obtenho resultados muito bons com esta prática, pois toda vez que utilizamos coisas "estranhas", que fogem do convencional quadro-negro, os alunos prestam mais atenção e se interessam mais pelo assunto.

Pois bem, todos nós já vimos filmes de fantasmas. O que sempre achei muito útil nos habitantes do além é que eles podem atravessar paredes. Por que será que nós não podemos atravessar as paredes? Isto é um pouco menos óbvio do que parece. Lembremo-nos de alguns conceitos primordiais: somos formados por átomos, assim como as paredes também o são. Os átomos, segundo o modelo que normalmente ensinamos (modelo de Bohr), são formados pelo núcleo atômico e pela eletrosfera. A massa do átomo concentra-se no núcleo, entretanto, a relação entre ele e a eletrosfera é semelhante a de uma bola de futebol (núcleo) e o estádio (eletrosfera). Se a eletrosfera é tão maior que o n´¨cleo, mas nela não existe praticamente massa, poderíamos considerar o átomo como um buraco com uma parcela muito pequena de massa em seu centro. Somos então formados por "buracos".

Quando tentamos atravessar uma parede, nossos "buracos" se chocam com os "buracos" da parede? Parece que se tentarmos fazer dois buracos se cruzarem não haveria muito problema. Parece bastante lógico que dois vazios possam se cruzar. Mas sabemos que isso não acontece. Por que?

Porque nesses "vazios" formados pela eletrosfera existe carga elétrica, afinal, sabemos que os elétrons que rondam por lá tem carga negativa. O que acontece quando aproximamos cargas elétricas de mesmo sinal? Repulsão eletromagnética! Pois é, a mesma força que nos deixa brincar de aproximar ou não dois imãs é a mesma que nos impede de atravessar uma parede, que nos permite apoiar sobre uma mesa, sentar em uma cadeira e muitas outras coisas. Parece então que ter a habilidade de atravessar paredes nos traria outras consequências.

Aí entra a parte interessante dos fantasmas: eles podem atravessar paredes, de onde concluímos que eles não tem matéria (não são formados por átomos). Acontece que em vários filmes eles conseguem se sentar. Como será então que eles não passam pelo assento das cadeiras? Será que eles materializam seu traseiro para poderem se sentar? Ou será que eles não estão sentados, mas flutuando a uma distância infinitezimal do assento, o que nos dá a impressão de estarem sentados?

Muito bem, vamos supor que eles flutuem sobre o assento. Como é que eles andam? Vocês já viram fantasmas andando em filmes, certo? Sabemos que para conseguir andar é necessário que haja atrito entre nossos pés e o chão - empurramos o chão para trás (através do atrito) e este nos empurra para afrente (lei da ação e reação). Se os fantasmas não são materiais, o que atrita com o que? Como eles poderiam andar se seus pés não conseguem atrtitar com o chão? COncluímos então que os únicos fantasmas autênticos são aqueles que flutuam o tempo inteiro, não se sentam e saem voando por aí ao invés de andar. Quanto aos outros, perguntem ao padre Quevedo.

 

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Fabio R.
São Paulo / SP
Fabio R.
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Graduação: Bacharelado em Química (Universidade de São Paulo (USP))
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