Coerência e Coesão Textual

A palavra sozinha é um conjunto de letras e sons. Pode ser um substantivo, verbo, ou adjetivo, por exemplo, que tem um significado particular. Junto com outras palavras e dentro de um contexto compõem significados, formam frases, orações e parágrafos que estruturam o texto. A composição dessa estrutura deve estar ligada e articulada com mecanismos de coesão e coerência para que a mensagem siga clara e objetiva ao leitor.

A estrutura textual precisa apresentar conexão entre as ideias para ter sentido e também articulação gramatical para dar clareza e precisão a essas ideias. Aí que entram a coesão e a coerência.

A coerência tem sua aplicação ainda no planejamento das ideias na produção do texto. As palavras, frases e orações seguem uma sequência de significados sem contrariar o que foi dito antes.

A definição de coerência é: estado, condição ou qualidade de coerente, ligação, harmonia, conexão ou nexo entre os fatos ou as ideias; nexo. (Dicionário Michaelis).

A compreensão do texto exige a coerência para configurar e organizar sua estrutura através da conexão das ideias. Ela constrói sentidos e é importante na interpretabilidade.

Contudo a coerência textual articula as ideias dando sentido ao texto. Observa-se a coerência nas suas relações de significado quando são desenvolvidos através da razão, explicação, propósito, adversidade, concessão. É interessante destacar que para se atingir um grau eficiente de coerência no texto, a argumentação parte do geral para o específico.

Todo conjunto de palavras e frases tem a intenção de transmitir informações com conexão para dar sentido ao texto. Nisso entra, além da coerência, a coesão, que também faz parte da construção de sentidos do texto. Coesão é a ligação de sentido entre as palavras, frases, orações, períodos e parágrafos através de conectivos: conjunções, preposições, pronomes relativos, que ligam dois termos de uma oração ou orações num período; conector. (Dicionário Michaelis)

“Em geral, escrevemos à medida que as ideias nos vão surgindo: mas, como nosso raciocínio nem sempre é lógico, ocorrem lapsos, hiatos e deslocações extremamente prejudiciais à coerência e à clareza. Para evitar esse inconveniente, torna-se necessário planejar o desenvolvimento das ideias, pondo-as numa ordem adequada ao propósito da comunicação e interligando-as por meio de conectivos e partículas de transição. Ordem e transição constituem, pois, os principais fatores de coerência.” (Garcia, Othon M. Comunicação em prosa moderna)