Diferenças no Ensino Fundamental e Médio
Por: Rodrigo Á.
25 de Junho de 2022

Diferenças no Ensino Fundamental e Médio

Português Letras Didática Psicopedagogia ensino fundamental e ensino médio

ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA : DIFERENÇAS E RELAÇÕES NOS NÍVEIS FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rodrigo Álvaro de Andrade

 

 

RESUMO

 

Este trabalho pretende apresentar como pontos relevantes as práticas docentes em sala de aula no ensino da Língua Portuguesa nos níveis fundamental e médio, sendo estas representadas por meio de gêneros textuais. Cada etapa do eixo ensino-aprendizagem corresponde a uma proposta pedagógica específica mas sempre com o olhar na construção do conhecimento. Para atender o objeto deste artigo acadêmico, as pesquisas foram subsidiadas por conteúdos de portal especializado em educação e artigos que tratam desta proposta. Os gêneros textuais são o carros-chefes na grade curricular em ambos os níveis de escolarização. Através deste meio estratégico, o corpo discente atinge mais eficazmente o objetivo da evolução na oralidade, produção textual, interpretação e argumentação reflexiva dos textos tanto na escola como em diversos contextos sociais

 

Palavras-chave: correlações, práticas, professores, docentes, sala de aula

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

A temática deste trabalho discorre sobre as práticas de ensino da língua portuguesa nos níveis fundamental e médio utilizando-se de situações comunicativas contextualizadas denominadas gêneros textuais. Através destes instrumentais pretende-se alcançar a compreensão tanto das diferenças como as intercessões nas abordagens em sala de aula.

O docente como principal articulador na engrenagem do sistema socioeducativo, gestor fundamental na formação do aluno leitor e reflexivo, adota práticas pedagógicas distintas em diferentes etapas da maturidade biocognitiva dos alunos. Para o ensino fundamental é o início do aprendizado em que possibilita o desenvolvimento do potencial do aluno, no ensino médio e através do saber já germinado, o professor atua como principal incentivador a adentrar em águas mais profundas no universo da leitura, oralidade, produção textual. Estas realidades conduzidas por meio dos gêneros textuais.

Este trabalho sustenta-se por estudos registrados em dissertação; apoia-se em postagem por página na internet dedicada a educação e artigo. Corroborando a proposta deste estudo e as considerações aqui retratadas, com clareza retrata Dolz e Hardmeyer (2016, p. 88) “ É por meio dos gêneros textuais que as pessoas se comunicam, apropriam-se de conhecimento de mundo e dos pré-construídos”.

 

 

2- ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO: AS DIFERENÇAS DAS PRÁTICAS DE ENSINO COM A LÍNGUA PORTUGUESA EM CADA UM DESSES NÍVEIS.

 

No ensino fundamental, a Língua Portuguesa tem o objetivo de iniciar o processo para formar leitores críticos, eficazes na expressão oralizada, coerentes com suas produções textuais, hábeis em interpretar, treinados em identificar as chaves de leitura bem como estruturar de forma sucinta as correlações de interpretações no texto e a realidade social  no meio em que atua, desta forma germinar um cidadão capaz de interagir entre a leitura e a sociedade, interpor suas reflexões contextuais. Nesta fase biocognitiva, para os jovens, é muito importante relacionar aprendizado às suas vivências, devido a uma etapa de vida dada a reflexões. Esta relação entre leitura, argumentação e sociedade se dá poderosamente através dos gêneros textuais que são esferas do discurso em nosso cotidiano, ideal para a compreensão e o prazer em ler.

Ressalta Paulo Vitale (2010) em postagem do site Nova Escola “[...] romances, contos e quadrinhos ensinam a interagir com os textos que circulam no mundo”.

No ensino médio, há uma continuidade desta perspectiva de interligar gêneros textuais, leitura e interpretação em níveis mais profundos, e que preparem o aluno para autonomia na sua evolução como aprendiz. Neste estágio, o papel do professor vem como o grande divisor de águas por possibilitar um aprimoramento das habilidades, análises reflexivas, contextualizações na leitura e interpretação crítica. O papel do professor no ensino médio de acordo com Dantas (2015, p.126) “O docente deve se conscientizar de seu papel mediador e orientador dos usos e procedimentos adequados ao ensino da língua...” O ensino dos gêneros textuais prosseguem com sua função primordial de que o aluno consolide o saber ler, interpretar, analisar criticamente e sendo o educador seu direcionador na formação de um aluno cada vez mais autodidata.

Sobre esta relação leitura e gêneros textuais, o ensino da Língua Portuguesa no ensino médio não pode ser alienado da realidade dos alunos pois contribuirá para o distanciamento como atuante crítico na sociedade. (TRAVAGLIA, 2011).

 

 

3- CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Considerando os estudos realizados neste trabalho pela abordagem do ensino da Língua Portuguesa nos níveis fundamental e médio, conclui-se pelas práticas docentes apresentadas que está havendo uma harmonia pedagógica no ensino dos gêneros textuais como instrumental eficaz na formação de leitores críticos e argumentadores reflexivos em fases diferentes da maturidade discente em ambos níveis de escolarização. 

Os gêneros textuais são estratégias de ensino que promovem tanto o prazer de ler como o crescimento e formação de bons leitores, principalmente na adolescência, fase em que os jovens naturalmente eclodem uma maturação argumentativa sobre o mundo que os cercam.

Deduz-se que o ensino com gêneros textuais produz incentivo, prazer, aprendizado e correlação social ao aluno em ambos níveis apesar de abordagens distintas devido a maturação bio e sociocognitiva e ainda contribui para o interesse do aluno em ler, descobrir os usos e variantes da nossa rica Língua Portuguesa, o adentrar em águas mais profundas, pois há socialização da língua. Conforme Nonato (2018, p.4), “[...] consumo de saberes que encontram na experiência vivida e na presença material desses saberes sua condição de possibilidade.”

 

4- REFERÊNCIAS

 

DANTAS, Wallace. Sobre a necessidade de repensar o ensino de língua portuguesa no ensino médio. Revista Ininga. Teresina, PI, v. 2, n. 1, p. 126-134, jan./jun. 2015

 

DOLZ-MESTRE, Joaquim, SILVA HARDMEYER, Carla. Desafios para o ensino de língua portuguesa e a formação de profesores no Brasil. In: Formação de professores e ensino de língua portuguesa. Campinas SP : Mercado de Letras, 2016.

 

NONATO, Sandoval. Processos de legitimação da linguagem oral no ensino de Língua Portuguesa: panoramas históricos e desafios atuais. Campinas, 2018.Cad. Cedes, Campinas, v.38, nº 105, p.222-239, mai-ago,2018.

 

NOVA ESCOLA. 1 jan. 2010. Maria Rehder. O que ensinar em Língua Portuguesa do 6º ao 9º ano. Acesso em 02 dez.2020. https://novaescola.org.br/conteudo/220/o-que-ensinar-em-lingua-portuguesa-do-6-ao-9-ano

 

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Sou professor de língua portuguesa e literatura brasileira. "feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina". Poetisa brasileira
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