Meditação ativa, em consciência de sí e do outro

meditação ativa: tantra

Meditação Consciência Meditação ativa

Certa vez escutei em uma palestra em que foi dito que a palavra namorar, etimologicamente, tem como significado 'conhecer'.
Ora, conhecer não é muito mais que um encontro, após a descoberta do outro, com as verdadeiras afirmações, sentimentos, expectativas, e sonhos, daquela que se pretende que seja sua amada, do que um envolvimento como resultado de atração?
Não deveriam certos impulsos serem resguardados, não reprimidos, para conciliar o que deve vir primeiro, mutuo concentimento como resultado do conhecimento que se tem dos anseios da outra pessoa?
Quero dizer, será que a ilusão em um relacionamento não é resultado de um falso romance muito mais fundado em envolvimento físico do que no interesse em conhecer o outro?
Não quero aqui culpar quem deseja apenas uma relação momentânea, não é isso, mas será que quem passa por desilusões não encontrou o espaço para mostrar seu lado com que se identifica mais e não teve essa abertura para conhecer o outro? (talvez aquela menos preocupada com o resultado de uma relação sexual, mas que mais se importa em encontrar verdadeiros significados para um envolvimento profundo?)
Será que a pessoa que espera realmente conhecer tenha que passar pelas etapas físicas por uma lógica social de que essa área das relações assegura o envolvimento necessário para verdadeiras experiências em comum?
A atração, a aventura, aquele tratamento por conquista, não parecem, nesse ponto, muito mais uma exploração à partir de uma falsa moral da sociedade atual, uma reafirmação da ilusão, como se não houvesse a verdade do outro, como se quase tudo fosse permitido? Se o conhecimento de um determinado assunto nos requer compreensão, dedicação, observação, o conhecer a outra pessoa nos requer muito mais cuidado, como princípio de compaixão (como associa Leonardo Boff), do que a sociedade nos aparenta demonstrar.
Quer dizer devemos superar a imagem de relacionamento que temos na sociedade, e encontrar e conhecer a verdadeira manifestação do que é interno, e da outra pessoa.