Tecedor de ideias e conhecimentos
Por: Sandro R.
29 de Outubro de 2018

Tecedor de ideias e conhecimentos

Pedagogia Tecnologias digitais em rede METODOLOGIAS ATIVAS

Desde que os pensamentos de (LOCKE, 1693), um dos principais protagonistas do empirismo, deram sustentação as propostas do behaviorismo, que parte da educação ocidental apoiou-se na ideia de que nossos alunos seriam uma "tabula rasa" ou o correspondente a uma "folha em branco" a disposição do professor, o “professor transmissor”. Essa é a principal linha da pedagogia tradicional representada por HERBART e, no Brasil, pelos Jesuítas. Essa visão vem, com o tempo entre o fim do século XIX e durante o século XX, sendo questionada por pensadores como PIAGET, ANISIO TEIXEIRA e PAULO FREIRE que chamam a atenção para que sejam considerados os conhecimentos prévios e as vivências dos alunos. Observando o cotidiano da educação, percebemos traços dos dois pensamentos. Há escolas que "transmitem" conhecimentos esperando que os mesmos sejam “recebidos” e “gravados” de forma satisfatória e, há escolas que mixam o currículo oficial com os conhecimentos dos discentes e ainda com o cotidiano da comunidade escolar para estimular a tecitura (tecelagem) de culturas e saberes. Se concordarmos com a segunda linha de pensamento, os alunos com suas teias de saberes constituídos através dos sentidos, de suas vivências e do cotidiano escolar, observariam, traduziriam, mixariam, teceriam, desenvolveriam e experimentariam, através de um constante movimento de tear mediado pelo professor, a sua própria rede de sapiências. Poderíamos então dizer, que a função da escola é viabilizar essa tecitura e proporcionar uma constante interconexão desses fios/tecidos em uma grande rede de conhecimentos? Se a resposta for sim, até nos conceitos mais simples e que nos acompanham diariamente no trabalho cotidiano da escola, seria interessante nos atentarmos para a nossa proposta educacional e alinharmos ainda mais o discurso à prática. Por exemplo, falar em construção do conhecimento remete-nos a ideia de linearidade, causalidade e à percepção de que o conhecimento é cumulativo, ou não? Em seu lugar podemos propor, assim como defende FERRAÇO, utilizarmos o conceito de “tecitura”, isso mesmo, tecitura com “C” de tecelagem, de tecelão, daquele que é capaz de tecer emaranhados de fios e uni-los a outros tecidos em uma grande rede de saberes. Sendo assim precisamos nos desvencilhar da forma hegemônica de relação entre docente e discente, representada há séculos pelo “professor transmissor” e, saudarmos com um seja muito bem vindo o “professor tecedor de ideias e conhecimentos” pois o século XXI e a sociedade em rede estão à espreita.

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Sandro R.
Volta Redonda / RJ
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