Equações Diferencias Ordinárias de Primeira Ordem
em 22 de Junho de 2017
Como caso geral, consideramos as funções Xk(t) e fk(t) ambas geralmente complexas e com variável t real sendo k um número natural (k=1,2,...,n). Seja o sistema:
Esse sistema de equações pode ser representado como:
Onde:
Se o vetor f = 0, o caso é homogêneo.
Para esse texto, só consideramos o caso bidimensional homogêneo. Vamos resolver os seguinte sistema:
...(1)
Consideramos o espaço vetorial V formado pelas matrizes colunas de dimensão dois sobre o espaço dos números complexos. Neste espaço as matrizes resultam ser operadores lineares. Temos dois casos para a resolução desses sistemas: Quando é possível fazer a diagonalização da matriz A e quando não é possível.
Neste caso é possível formar uma base B não necessariamente ortonormal com os vetores próprios de A. Para a matriz A temos a equação de autovalores:
onde Vk são os vetores próprios de A e são linearmente independentes (L.I), e os respetivos autovalores são diferentes entre si. Assim, podemos expressar o vetor X em uma base B:
da seguinte maneira:
...(2)
onde
O objetivo é encontrar uma função para a variável alfa. Para isso derivamos a equação (2) e substituimos (1):
...(3)
trabalhamos na parte esquerda da Eq. (3) substituindo (2):
Então, a Eq. (3) finalmente fica:
Como os vetores próprios Vk são L.I:
Onde Ck são constantes que podem ser encontradas utilizando as condições iniciais.
Assim, substituindo os valores para alfa em (2), encontramos a solução do sistema para o caso quando a matriz A é diagonalizável:
...(4)
Resolver a equação:
...(5)
Solução:
Fazemos o seguinte:
Substituindo em (5):
Com essas mudanças de variaveis, a EDO da segunda ordem (5) se transforma em duas EDO de primeira ordem:
Calculamos os valores e vetores próprios de A mediante:
e obtemos:
Utilizando a solução (4):
Nós só queremos a solução x1:
...(6)
Lembrando o Teorema de Euler:
Em (6):
Sejam C1 + C2 = B e i(C1 - C2)= D. Finalmente a solução para o problema do oscilador harmônico é:
onde A seria a amplitude e delta a fase.
Neste caso a matriz A só tem um valor próprio de multiplicidade 2 (lambda) mas só há um vetor próprio V:
...(7)
Para isso, utilizamos a seguinte base:
Como no caso anterior devemos expressar o vetor coluna X da Eq. (1) como uma combinação linear dos vetores da base, neste caso E1 e E2
...(8)
e como no caso anterior, devemos encontrar uma função para as variáveis beta:
...(9)
Vemos que só resta expresar a quantidade AE2 como uma combinação linear de E1 (V) e E2
...(10)
susbtituimos (10) em (9):
...(11)
Por outra parte, das Eqs. (1) e (8) temos:
...(12)
Comparando as Eqs. (11) e (12) obtemos o seguinte sistema de equações para as variáveis beta:
...(13)
Assim, do sistema de Eqs. (13) obtemos as variáveis beta e susbtituindo elas na Eq. (8) o problema fica resolvido.
Resolver a equação diferencial:
...(14)
Solução:
Fazemos o seguinte:
Substituindo em (14):
Com essas mudanças de variaveis, a EDO da segunda ordem (14) se transforma em duas EDO de primeira ordem:
Calculamos os valores e vetores próprios de A mediante:
e obtemos o valor próprio lambda de multiplicidade 2 e o seguinte vetor próprio:
De acordo com o explicado na teoria, consideramos a seguinte base:
e calculamos o produto de A e E2:
e expressamos esse produto como uma combinação linear de E1 e E2
Agora, precisamos encontrar as variáveis beta expressadas em (13):
...(15)
...(16)
de (16):
...(17)
Para calcular beta1 substituimos (17) em (15):
Esse tipo de equações diferenciais são resolvidas utilizando o conceito de fator integrante, neste caso o fator integrante é exp(wt):
...(18)
Como já temos as variáveis beta, substituimos (17) e (18) na solução (8):
A solução da EDO vem dada pela variável x1 = x:
Fazemos C1 + C2 = A e C2w = B. Finalmente a solução da EDO é: