COMPARAÇÃO DOS MODELOS DE CÁLCULOS DE PDD: IFRS X BACEN, NO
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Por: Stephanie R.
11 de Setembro de 2016

COMPARAÇÃO DOS MODELOS DE CÁLCULOS DE PDD: IFRS X BACEN, NO

Ciências Contábeis

Este é um resumo de um artigo que eu escrevi para publicar na minha pós graduação. O diferencial nele é que poucos autores escrevem sobre PDD. Se quiserem mais detalhes, estou à disposição.

 

Em 2010, seguindo o movimento dos mercados internacionais de publicação das demonstrações contábeis, o Brasil adotou o IFRS (International Financial Report Standards) para todas as empresas com capital aberto. Esta adoção tinha como principais objetivos facilitar a compreensão e análise das demonstrações financeiras das companhias nacionais para investidores ao redor do mundo, além de aumentar a transparência e a confiabilidade das informações disponibilizadas. Para as instituições financeiras, principalmente os bancos, o Banco Central do Brasil (BACEN) exige que as publicações contábeis sigam as normas estabelecidas por ele. Sendo assim, os bancos estão sujeitos a duas normas distintas de publicação, uma para atender o BACEN e outra em IFRS para publicação nas bolsas e para os stakeholders. Esse sistema duplo deve perdurar assim até que ocorra uma adesão do Banco Central às normas internacionais. Uma das linhas mais relevantes para o resultado das instituições financeiras é a PDD (Provisão para Devedores Duvidosos), provisão que tem por objetivo prevenir um possível risco de inadimplência dos clientes que tomam crédito. Esta linha permanece sendo calculada nos dois modelos, ainda que o método proposto pelo BACEN seja claramente o mais analisado e comentado nas demonstrações contábeis publicadas pelas próprias instituições. No entanto, não existia pesquisa sobre este tema que discuta os dois métodos de cálculo e que comprove a aderência de cada um dos modelos à perda real de crédito. O presente trabalho tem como objetivo dar início as discussões teórica e empírica sobre as vantagens e desvantagens existentes nos dois métodos de cálculo da PDD.  Para tanto, foi testada a aderência das duas metodologias da PDD às perdas observadas nas carteiras de crédito dos quatro maiores bancos brasileiros: Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander, no período de 2010 a 2014. Foi gerada uma fórmula de para cada método, nas quais buscamos refletir os critérios e principais limitações de cada método. Além disso, dada a ausência de informações mais precisas, foi utilizado como premissa que o indicador Over 90 (contratos em atraso acima de 90 dias) era equivalente à Perda Real da carteira de crédito. Após análise, foi possível perceber que a metodologia de cálculo IFRS proposta neste estudo tem um comportamento muito similar ao Over 90 (considerado como Perda Real) na maior parte do público analisado, e ao todo, mais aderente que o cálculo BACEN. No entanto, este requer maior análise na metodologia e na aplicação, dado que a perda incorrida é um conceito amplamente discutido e ainda não existe um consenso quanto à fórmula para cálculo da PDD.

 

Palavras – Chaves: PDD, IFRS, BACEN, Crédito, Contabilidade Bancária, Bancos

 

Área Temática: CONTABILIDADE FINANCEIRA

Stephanie R.
Stephanie R.
São Paulo / SP
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Mestrado: Mestrado em Ciências Contábeis (Universidade de São Paulo (USP))
Controladoria, Análise de Balanços, Contabilidade
Professora de contabilidade, administração, matemática financeira e áreas correlatas, além de Revisora de TCCs

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