A microbiota do solo, que inclui uma ampla variedade de bactérias, fungos, protozoários, nematoides e outros microrganismos, desempenha um papel fundamental na regulação do fluxo de carbono (C) no solo. Isso ocorre por meio de uma série de processos biológicos que contribuem tanto para o sequestro de carbono (a remoção e armazenamento de carbono) quanto para a emissão de gases de efeito estufa.
Sequestro de Carbono: Através do processo de fotossíntese, as plantas absorvem dióxido de carbono (CO2) da atmosfera. Parte deste carbono é então transferido para o solo através das raízes das plantas. No solo, a microbiota ajuda a transformar este carbono em matéria orgânica do solo, onde pode ser armazenado por longos períodos de tempo. Este processo de sequestro de carbono ajuda a remover o CO2 da atmosfera, contribuindo para a mitigação do aquecimento global.
Decomposição e Emissão de Gases de Efeito Estufa: Por outro lado, a microbiota do solo também contribui para a decomposição da matéria orgânica, um processo que resulta na emissão de gases de efeito estufa, incluindo CO2 e metano (CH4). No entanto, a taxa de decomposição e a quantidade de gases emitidos podem ser influenciadas pela gestão do solo. Por exemplo, práticas de manejo do solo que promovem a saúde do solo e a diversidade da microbiota podem ajudar a minimizar a emissão de gases de efeito estufa.
Em termos gerais, a manutenção e melhoria da saúde do solo através de práticas de manejo adequadas podem ajudar a maximizar o potencial de sequestro de carbono do solo e minimizar a emissão de gases de efeito estufa, ajudando assim a mitigar o aquecimento global. Isso pode incluir práticas como o manejo orgânico do solo, o uso de culturas de cobertura, a rotação de culturas, a minimização da perturbação do solo e a adição de compostos orgânicos ao solo.