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Jefferson há 2 anos
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Eritroblastose fetal

Situação A: a mãe Rh-,do grupo O,casada com pai Rh+,do grupo A,homozigoto para ambas as características
Situação B:mãe,Rh-,do grupo O,casada com pai Rh+,do grupo O,homozigoto para ambas as características

Verficou-se que frequência de crianças com eritroblastose era muito maior na situação B dom que na situação A,o desafio agora vai ser você construir um hipótese que explique a diferença na frequência de crianças doentes,em A e em B,leve em consideração
1-O fato de que a sensibilização da mãe que começa a produzir anticorpos anti-Rh,ocorre quando hemaceas do feto Rh+ penetram na sua circulação
2-tudo que você sabe sobre aglutininas e aglutinogeneos do sistema ABO

Professor Lucas F.
Respondeu há 2 anos
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Eu revisei os meus estudos de neonatologia e só consegui pensar em 1 hipótese (POSSO ESTAR ERRADO): Os anticorpos da mãe, tanto anti-Rh quanto anti-A e anti-B, passam para o feto pela placenta. Dentro do sistema ABO, quem tem o sangue O não possui nenhum algutinogênio, portanto, terá todas as algutininas, ou seja, terá todos os anticorpos do sistema ABO (anti-A e anti-B). A pessoa do grupo O JÁ NASCE com anti-A e anti-B PRONTOS, não precisa haver um evento no qual o sangue é sensibilizado para começar a produzir anticorpos. Diferente do Rh, no qual é necessário que a pessoa Rh- entre em contato com sangue Rh+ para só então começar a produzir anticorpos anti-Rh. Hipótese: na situação A, a mãe é O- (oo e rr) e o pai é A+ homozigoto para ambos (AA e RR). Portanto, todas as crianças serão A+ heterozigotas para ambos (Ao e Rr). Como a mãe é O, ela já nasceu com anticorpos anti-A e anti-B prontos. Durante a gestação das crianças A+, a mãe pode ter passado esse anti-A para o feto pela placenta e o anticorpo pode ter destruído as hemácias do feto, levando o feto à morte intrauterina. Ou seja, os fetos nem conseguem nascer pra poderem manifestar a doença da eritroblastose fetal. Na situação B, as crianças serão todas O+ heterozigotas (oo e Rr). A questão ABO é compatível, então não haveria essa morte intraútero, o que dá para o feto a oportunidade de nascer e manifestar a eritroblastose fetal. Por isso, haveria mais casos na situação B do que na situação A. DETALHE: isso tudo da eritroblastose fetal acontece quando a gestante não faz um pré-natal adequado, de qualidade, quando, na sala de parto, a equipe médica não toma as devidas providências, etc. Espero ter ajudado, mas, recomendo ouvir outra resposta também.

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Olá Jefferson,

É estranho que a frequência de eritroblastose fetal nas crianças da situação B seja maior do que as da situação A, vejamos porque:

Os anticorpos (aglutininas) contra antígenos (algutinogênios) do sistema ABO são de ocorrência natural, ou seja, após algum tempo de nascidas as pessoas produzem anticorpos ABO sem que sejam expostas a hemácias (também chamadas de glóbulos vermelhos ou eritrócitos) que possuam os antígenos correspondentes. Exemplo: uma pessoa do grupo sanguíneo "O" produzirá anticorpos anti-A e Anti-B sem que tenha recebido transfusão de sangue ou que tenham sido sensibilizadas por hemácias do Tipo A ou B. Portanto,  se por exemplo uma hemácia do grupo sanguíneo "A"  entrar na circulação sanguínea dessa pessoa (do grupo "O"), será destruída, pois os anticorpos  anti-A  se ligaração a essa hemácia estranha e provocarão sua destruição. Já com o sistema Rh é diferente, é preciso que a pessoa Rh-  entre em contato com hemácias Rh+ para que comecem a produzir anticorpos contra antígenos do sistema Rh, principalmente contra o antígeno D que é o antígeno que dá a característica RH+.

Agora vamos analisar a situação apresentada: As mães da situação A e da situação B são ambas do grupo "O" Rh-. A pergunta não deixa claro se essas mães já tinham sido sensibilizadas por  gravidez anterior, essa é uma informação importante, pois a frequência de erioblastose fetal é muito maior em mulheres Rh- que já foram sensibilizadas em gravidez anterior por feto Rh+, pois essas mães podem ter produzidos anticorpos "anti-Rh+" e esses anticorpos podem ter atravessado a barreira placentária e provocado a destruição das hemácias do feto, provocando a eritroblastose fetal.

Admitamos que essas mães ainda não tenham sido sensibilizadas, ou seja ainda não tenham produzido o anticorpo "anti-Rh+". É esperado que as Mães da situação A, cujo feto é do tipo A Rh+, tenham menos probabilidade de produzir anticorpos anti-Rh+, pois quando a hemácias do feto que carregam os antígenos para Rh+ entrarem na circulação materna, elas serão destruídas pelos anticorpos anti-A naturais que a mãe já possui, já que são hemácias do grupo A, não dando tempo para que essas hemácias do feto circulem no sangue da mãe e que provoquem a produção de anticorpos anti-Rh+.  

Já as mães do grupo B, que também são "O" Rh-, mas cujos fetos serão do grupo O e Rh+, poderão produzir com mais facilidade anticorpos anti-Rh+ ( anti-D), pois as hemácias do feto que eventualmente entrarem na circulação materna não serão destruídas previamente pelos anticorpos ABO naturais da mãe, já que são do grupo "O" e circularão no sangue da mãe carregando o antígeno D (Rh+) estimulando a produção de anticorpos "Anti-Rh+" (Anti-D).

A hipótese que podemos levantar para explicar a frequência maior de eritroblastose fetal na situação B é que as mães desse grupo já estavam sensibilizadas por gravidez anterior ou transfusão de sangue Rh+, isto é , já possuim o anticorpo "anti-Rh+" (anti-D) e que esses anticorpos antravessatam abarreira placentaria e se ligaram nas hemácias fetais, provocando eritroblastose fetal. Já na situação A as mães não estavam sensibilizadas, e portanto  não possuiam anticorpos "anti-R+" (Anti-D) na circulação.

Espero ter levantado uma hipótese satisfatória, boa sorte.

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