O tabagismo afeta a hematose e a respiração celular nos tecidos de diversas maneiras, o que impacta diretamente a cicatrização e a recuperação de fraturas. Vamos analisar os principais pontos:
Comprometimento da Hematose: A hematose é o processo de troca gasosa que ocorre nos alvéolos pulmonares, onde o oxigênio é absorvido para entrar na corrente sanguínea e o dióxido de carbono é eliminado. O fumo do cigarro contém substâncias tóxicas, como monóxido de carbono, que se liga à hemoglobina no sangue com uma afinidade muito maior do que o oxigênio. Isso reduz a quantidade de oxigênio disponível para os tecidos, comprometendo a oxigenação necessária para processos metabólicos, incluindo a respiração celular.
Respiração Celular: A respiração celular é o processo pelo qual as células convertem oxigênio e nutrientes em energia (na forma de ATP). Com a diminuição da disponibilidade de oxigênio devido ao tabagismo, as células têm dificuldade em realizar esse processo de maneira eficiente. Resulta em menor produção de ATP, o que afeta a capacidade das células de realizar suas funções normais, incluindo a reparação de tecidos.
Produção de Colágeno: O colágeno é uma proteína fundamental para a cicatrização de feridas e a regeneração de fraturas, pois fornece estrutura e suporte aos tecidos. A síntese de colágeno requer não apenas oxigênio, mas também nutrientes adequados e um ambiente propício. A falta de oxigênio e nutrientes devido ao tabagismo compromete a capacidade do organismo de produzir colágeno, levando a uma cicatrização mais lenta e ineficaz.
Ação Inflamatória: O fumo também provoca inflamação nos tecidos, o que pode dificultar ainda mais a cicatrização. A nicotina e outras substâncias presentes no tabaco podem causar vasoconstrição, reduzindo o fluxo sanguíneo para a área lesionada, e a inflamação crônica pode levar à formação de tecido cicatricial de baixa qualidade.
Impacto Geral na Saúde: Além do efeito direto na oxigenação e na produção de colágeno, o tabagismo impacta negativamente o sistema imunológico e a circulação geral do corpo. Isso torna os indivíduos mais vulneráveis a infecções e prejudica ainda mais a recuperação de feridas e fraturas.
Em resumo, o tabagismo prejudica a hematose e a respiração celular, resultando em menor disponibilidade de oxigênio e nutrientes para os tecidos. Essa condição compromete a síntese de colágeno e a cicatrização, tornando os processos de cura mais lentos e menos eficazes.
O tabagismo prejudica a respiração celular dos tecidos, afetando a cicatrização e a recuperação de fraturas de várias maneiras:
Esses fatores combinados tornam a cicatrização e a recuperação de fraturas mais lentas em fumantes.
fumaça do cigarro provoca uma resposta inflamatória nas vias aéreas e nos pulmõe
A fumaça do cigarro gera radicais livres, que são partículas de oxigênio que podem oxidar e destruir as estruturas celulares
O revestimento interno do aparelho respiratório não suporta a toxicidade e a alta temperatura da fumaça, o que leva à substituição de células
fumaça do cigarro pode reduzir a viabilidade celular e induzir a apoptose em células ciliadas respiratórias
A fumaça do cigarro pode prejudicar a regeneração epitelial frente a injúrias
O tabagismo afeta a hematose, processo de troca gasosa que ocorre nos alvéolos pulmonares. Com isso, menos oxigênio é absorvido e transportado para os tecidos e, consequentemente, as células não têm o O2 necessário para a respiração celular. Sem a respiração celular, não há energia para desenvolver diversos processos celulares como a síntese proteica, afetando então o processo de produção de colágeno que auxilia na cicatrização e recuperação de fraturas.