!ª pergunta: Espécies de Penicillium são do filo Ascomycota. É importante saber a qual filo um fungo pertence para saber como se dá sua reprodução.
A reprodução assexuada se dá quando uma hifa se modifica para produzir uma estrutura reprodutora especializada, que nesse filo recebe é chamada de conidióforo. Este libera os conídeos, que são frutos de divisões mitóticas dentro do conidióforo. Estes conídeos se desprendem da estrutura, por causa de correntes de ar, por exemplo e são carregados para outros locais. Ao encontrar uma fonte de água e nutrientes, este conídeo irá germinar, produzindo novos indivíduos.
Para que ocorra a reprodução sexuada, é necessário o encontro de hifas diferentes. Dentro do ascocarpo (estrutura de reprodução) deve haver fusão entre os mating types positivo e negativo (não são chamadas de fêmea e macho, mas sim de mating type diferentes, sendo uma hifa positiva e outra negativa). Quando estas hifas se fundem, ocorre a plasmogamia (que é a fusão de conteúdo citoplasmático). Isso vai dar origem a hifas dicarióticas (com 2 tipos de núcleos distintos, o do tipo negativo e do positivo). Nestas hifas dicarióticas, ocorrerá a cariogamia, que é a fusão dos núcleos (+ com -). Esta cariogamia dará origem ao zigoto (núcleo diplóide). Este zigoto sofrerá meiose, gerando 4 núcleos haploides, que sofrerão mitose, formando um total de 8 ascósporos, todos haploides. Estes ascósporos estão dentro dos ascos que estão presentes nos ascocarpos ou corpos de frutificação dos ascomicetos. Em condições adequadas, os ascósporos serão liberados no ambiente, dando origem a novos indivíduos, que poderão desenvolver ascocarpos ou conidióforos.
2ª pergunta: A identificação do vírus isolado em culturas celulares ou ovos embrionários se dá pela coleta de sobrenadante da cultura e líquido alantoico ou amniótico dos ovos para a execução de testes sorológicos clássicos, como teste de neutralização, teste de fixação do complemento ou teste de inibição da hemaglutinação.
De acordo com os resultados obtidos, é possível fazer o diagnóstico viral.
Os vírus cultivados em ovos embrionados apresentam modificações bem características, como morte do embrião; hemorragias petequiais e congestionamento do embrião; inibição do crescimento do embrião e formação de focos típicos, como espessamento, edema ou necrose, na membrana cório-alantoica. Esta última lesão é bem característica no diagnóstico dos vírus da varíola, vacínia e herpes simplex, por exemplo.
Em culturas celulares, os resultados da infecção viral podem ser observados pela presença de efeito citopático (ECP), um fenômeno de alteração morfológica celular; pela presença de corpúsculos de inclusão, pela produção de antígenos virais, pela hemadsorção (adsorção de hemácias a células infectadas com certos vírus), pelo chamado fenômeno de interferência, o desenvolvimento de paralisia, lesões degenerativas ou morte apresentadas pelos sistemas hospedeiros inoculados com o vírus são exemplos de efeitos consequentes da biossíntese viral pelas células competentes dos sistemas hospedeiros utilizados.
Então percebe-se que alguns resultados são caracterírticos de alguns tipos de vírus.