O tabaco é um produto que já era utilizado pelos povos originários das Américas, quando os Europeus chegaram e passaram a consumir o produto, além de difundir seu uso pelo mundo todo.
Com o desenvolvimento social e industrial, esse consumo pela população passou a ser maior no século XIX, e seu consumo ainda mais estimulado nas duas grandes guerras do século XX, pois era visto como um produto que combatia o estresse e a ansiedade.
Assim, com maiores tecnologias de produção, a venda e consumo de cigarros aumentou consideravelmente, ainda mais com os filmes de Hollywood romantizando e difundindo a prática, que era vista como uma forma de inclusão social, associada ainda ao bem-estar e elegância.
Apenas em 1953, o efeito nocivo do cigarro foi demonstrado pelo médico alemão Ernst Wynder, o que afetou negativamente a indústria do cigarro. Desta forma outros estudos da medicina continuaram a associar o cigarro a outros problemas de saúde, consolidando nos anos 80 a relação entre cigarro e diversas doenças.
Vale ressaltar que já haviam documentos demonstrando que o cigarro era responsável por causar males ao organismo, porém esse dados eram distorcidos pela indústria do cigarro, causando controvérsia na população, apenas nos anos 60 e 70, quando movimentos sociais começaram a questionar as grandes corporações, os dados reais sobre os cigarros começaram a ganhar espaço e apoio da sociedade.
O primeiro estudo científico importante que associou o uso do tabaco ao câncer foi publicado por um médico alemão chamado Fritz Lickint em 1929. Em seu trabalho intitulado "Tabak und Organismus" ("Tabaco e Organismo"), Lickint apresentou evidências convincentes da ligação entre o fumo de tabaco e o câncer de pulmão.
No entanto, é importante notar que antes do trabalho de Lickint, já havia suspeitas e observações clínicas sobre os efeitos negativos do tabagismo na saúde. Por exemplo, no século XIX, médicos e cientistas já haviam relatado a associação entre fumar e doenças como a tosse do fumante e o câncer de lábio em fumantes de cachimbo.
Desde então, vários outros estudos foram conduzidos por cientistas de todo o mundo para investigar os efeitos do tabagismo na saúde. O trabalho de pesquisadores como Ernst Wynder e Evarts Graham na década de 1950 também foi fundamental na demonstração da relação entre fumar e o câncer de pulmão. A partir dessas descobertas iniciais, a pesquisa científica sobre os riscos do tabagismo tem continuado e se expandido até os dias de hoje.
Sugiro escutar o episódio "Cigarro: o pai do negacionismo moderno" do Ciência Suja.
As consequências adversas do uso do cigarro para a saúde humana começaram a ser percebidas de forma mais evidente no século XX. Embora o tabagismo seja uma prática que remonta a séculos atrás, foi somente a partir de estudos científicos e evidências epidemiológicas mais robustas que os danos causados pelo cigarro se tornaram amplamente reconhecidos.
Durante o século XIX e início do século XX, o tabaco era amplamente utilizado e considerado até mesmo benéfico para a saúde em algumas culturas. No entanto, a partir da década de 1950, evidências científicas começaram a surgir, apontando a associação entre o uso do cigarro e diversas doenças graves.
Um dos marcos mais importantes nesse sentido foi o Relatório dos Surgeons General dos Estados Unidos, publicado em 1964. Esse relatório, elaborado por uma comissão de especialistas, afirmava claramente que fumar estava relacionado a uma série de problemas de saúde, incluindo câncer de pulmão e doenças cardiovasculares. Ele foi um dos primeiros documentos oficiais a alertar sobre os riscos à saúde causados pelo tabagismo.
Desde então, inúmeras pesquisas e estudos têm sido conduzidos para investigar os efeitos do cigarro na saúde humana. Essas pesquisas têm revelado que o tabagismo está associado a uma ampla gama de doenças, como câncer de pulmão, câncer de boca, câncer de garganta, doenças respiratórias crônicas (como enfisema e bronquite crônica), doenças cardiovasculares, derrames, doenças periodontais, complicações na gravidez, entre outros.
Além disso, tem sido demonstrado que o fumo passivo, ou seja, a exposição à fumaça do cigarro por não fumantes, também pode ter efeitos prejudiciais à saúde. Estudos mostram que a exposição ao fumo passivo está associada ao aumento do risco de câncer de pulmão, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias em crianças e outras condições adversas.
Diante dessas evidências científicas, medidas de controle do tabaco têm sido implementadas em muitos países, como a proibição de fumar em locais públicos fechados, advertências sanitárias nas embalagens de cigarro, restrições à publicidade de tabaco e aumento de impostos sobre os produtos de tabaco. Essas medidas visam desencorajar o consumo de cigarros e reduzir os danos causados à saúde.
Em conclusão, as consequências negativas do uso do cigarro para a saúde humana começaram a ser percebidas mais claramente no século XX, com o avanço da pesquisa científica e a publicação de relatórios que alertaram sobre os riscos do tabagismo. Desde então, o tabaco tem sido associado a uma série de doenças graves, e medidas de controle têm sido adotadas para minimizar os danos causados por esse hábito.