O intestino humano abriga trilhões de bactérias, com estimativas sugerindo que existem cerca de 100 trilhões de microrganismos, incluindo bactérias, arqueias e fungos. A maioria dessas bactérias é benéfica e desempenha um papel crucial na digestão, na absorção de nutrientes e na proteção contra patógenos. A diversidade e a composição dessas comunidades bacterianas podem variar significativamente entre diferentes indivíduos, influenciadas por fatores como dieta, ambiente, genética e saúde geral.
Essa pergunta é muito interessante, tão interessante que a anos muitos pesquisadores tentam responde-la.
Existem cerca de 100 trilhões de microorganismos colonizando nosso intestino, a maioria são bactérias mas também podem ser encontrados fungos e até mesmo vírus e archeas! Destes grupos, estima-se que existam cerca de 1000 espécies diferentes de 50 filos.
O que se sabe sobre microbiota intestinal, ou seja, o ecossistema microscópico que está dentro do seus intestinos, é que este é muito variável para cada indivíduo e dependendo de suas características ela pode ser mais ou menos eficiente em suas funções.
Por exemplo: Uma microbiota eficiente, com menos microorganismos patogênicos e com proporções corretas de microorganismos benéficos, pode permitir uma melhor absorção de nutrientes, menor ocorrência de transtornos intestinais, redução do risco de obesidade, modulação do sistema imune, entre outros.
Por muito tempo, a tecnologia não era suficiente para "mapear" os tipos de bactérias presentes nessa área, pois na cultura de fezes (coprocultura) não era possível observar algumas espécies presentes no trato intestinal, além disso, muitos microorganismos são extremamente difíceis de serem cultivados em meio. Hoje em dia, com as novas técnicas de sequenciamento de DNA, essa identificação pode ser feita sem o uso de culturas, o que torna tudo mais fácil
Entre as principais bactérias de nosso intestino podemos destacar os filos: Bacteroidetes, Firmicutes, Actinobacteria, Proteobacteria.
Outros filos que estão presentes com menos frequência são: Synergistetes, Verrucomicrobia, Fusobacteria e Euryarchaeota
Como acima citado, a quantidade e proporção destes filos (ou então famílias deste filos) varia muito de acordo de indivíduo para indivíduo. Sexo, idade, hábitos de vida, alimentação, genética, doenças e até mesmo o tipo de parto (Cesárea ou normal) pode afetar a microbiota.
Veja um exemplo: Bebês nascidos de cesárea têm muito mais chances de apresentarem maior proporção de bactérias da família Clostridium e menos Bifidobacterias, gerando maiores risco no desenvolvimento de doenças do trato intestinal e cólicas.
Espero ter ajudado! Bons estudos