Para entender por que a letra D está errada, vamos revisar os conceitos de grupos sanguíneos, especialmente no sistema ABO e no fator Rh.
Sistema ABO: O grupo sanguíneo O não possui aglutinogênios A ou B nas hemácias, mas apresenta aglutininas anti-A e anti-B no plasma. Quando Demi-Lee recebeu o transplante de fígado de um doador O Rh+, as células-tronco do fígado migraram para a medula óssea, e isso pode ter levado a uma mudança na produção das hemácias da menina, resultando no novo grupo sanguíneo O Rh+.
Fator Rh: O fator Rh é determinado pela presença (Rh+) ou ausência (Rh-) de um antígeno chamado D na superfície das hemácias. Se a paciente era O Rh- antes do transplante e agora é O Rh+, isso significa que ela passou a produzir hemácias Rh+.
Para avaliar a letra D:
A letra D diz que, se Demi-Lee engravidar de um rapaz de tipo sanguíneo Rh-, poderá gerar uma criança de tipo sanguíneo Rh+.
Uma pessoa do tipo Rh+ pode produzir tanto hemácias Rh+ quanto hemácias Rh- (dependendo da genética do pai e da mãe). No entanto, se ela tiver um parceiro do tipo Rh- (que só pode produzir hemácias Rh-), a criança poderá ser Rh+ apenas se o pai carregar o gene Rh+.
Entretanto, a questão que causa a confusão aqui está na possibilidade de gerar uma criança Rh+. Se Demi-Lee é O Rh+ e engravidar de um homem Rh-, a combinação possível dos genes para o fator Rh é a seguinte:
Portanto, a letra D está errada porque, embora seja possível que Demi-Lee e um parceiro Rh- possam ter uma criança Rh+, essa criança também pode ser Rh-, dependendo do genótipo de Demi-Lee (se for heterozigótica).
Resumo: A letra D não é a resposta correta porque, mesmo que Demi-Lee seja Rh+ e engravide de um rapaz Rh-, ela não terá garantidamente uma criança Rh+; existe a possibilidade de que a criança também seja Rh-.
Quando adulta, se engravidar de um rapaz de tipo sanguíneo Rh+, não corre o risco de gerar uma criança com eritroblastose fetal.