Um fabricante, que é um monopolista fabrica 2 tipos de revestimentos(m2). De sua experiência, o fabricante
determinou que se x m2 do primeiro tipo e y m2 do segundo tipo forem produzidas, cada um deles poderá ser vendido pelos
valores (100 − 2x) e (125 − 3y), respectivamente. O custo de fabricação de x m2 do primeiro tipo e y m2 do segundo tipo é
de (12x + 11y + 4xy). Determine quantos m2 de cada tipo devem ser produzidas para que ele obtenha o lucro máximo, e qual é o lucro máximo?
Este problema se trata de maximizar uma funcao de duas variaveis.
x , y sao quantidades dos produtos x e y.
f(x) = 100 -2x é o valor de venda do produto x
f(y)= 125-3y é o vamor de venda do produto y
f(x,y)= 12x+11y+4xy é o custo de producao de x e y unidades dos produtos x e y.
seja F(x,y) = Lucro
Lucro = valor vendido *quantidade - custo producao
F(x,y)= x(100-2x) +y(125-3y) - (12x+11y+4xy)
desenvolvendo, multiplicando os fatores chegamos a :
F(x,y)= -2x2 -3y2 +88x+114y -4xy
Portanto temos que maximizar esta funcao.
Mas em que regiao de x e y vamos maximizar?
Observe que se x for 50 o valor de venda f(x) atinge 0 , entao basta pesquisarmos x de 0 ate 50, pois acima disto o valor de venda é negativo e nao interessa.
Para y , se for 42, o valor de venda f(y) atinge -1, e quanto maior y menor o valor de venda. Entao basta pesquisar y entre 0 ate 42.
Entao a regiao que vamos pesquisar e maximizar a funcao acima é
Regiao = x entre 0 a 50 e y entre 0 a 42, estas sao as bordas da regiao que formam um retangulo.
Temos que pesquisar o valor da funcao na regiao interna e nas bordas, para descobrir o maximo global da funcao.
Para pesquisar maximos internos na regiao vamos calcular as derivadas parciais de primeira e segunda ordem:
Derivada de F de ordem 1 em relação a x:
Fx= -4x+88-4y, facilmente obtida derivando a funcao F (considerando y um valor constante e x uma variavel)
Segunda derivada parcial em relacao a x
Fxx= -4, obtida derivando Fx em relacao a x
Agora derivando F em relação a y, considerando x constante temos.
Fy = -6y+114-4x
derivando novamente Fy em relaco a y obtemos a derivada de ordem 2
Fyy= -6
Agora derivando F em relacao a x e depois y, obtemos as derivas de segunda ordem cruzadas:
Fxy = -4, obtido derivanfo Fx em relacao a y.
Observe que Fyx = Fxy
Para pesquisar se existem maximos internos, temos que calcular o Determinante das derivadas parciais:
D = Fxx.Fyy- (Fxy)2
D= -4.(-6) - (-4)2
D= 24-16 = 8
Como neste caso D >0 e Fxx <0, concluimos que existe um maximo local em algum ponto. Se Fxx>0 seria ponto de minimo, e se D<0 nao teria max nem minimo.
Vamos calcular qual é este ponto, pois nos pontos criticos, as derivadas primeiras se anulam.
Fx =Fy =0
teremos entao
-4x+88-4y =0
-4x+114 -6y=0
sao equaçoes simutaneas ,
multiplicando a primeira por -1 e somando a segunda temos
-88+114+4y-6y =0
26 -2y =0
2y=26
y=13
Substituindo y em uma das equaçoes acima achamos x
-4x+114-6.13=0
x=9
entao temos um maximo da funcao F(x,y) lucro, em y=13 e x=9
calculando a funcao F(x=9,y=13) obtemos
F(9,13)= 1137, este é o valor do lucro maximo produzindo 9 unidades de x e 13 unidades de y.
Pode-se testar facilmente que nas bordas x=0 ou x =50, ou y=0, ou y =42 existem maximos de F,mas que sao menores que o maximo interno (1137).
Logo o maximo local interno é um maximo global da funcao F na regiao.
Veja o grafico da funcao F(x,y) abaixo no link
https://uploaddeimagens.com.br/imagens/YkSBLTc
Da para vizualizar aproximadamente o maximo em x=9 e y=13