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Comprei um imobilizado em 2014

Comprei um imobilizado em 2014 e registrei pelo custo. Em 2023, defini a vida útil dessa classe de imobilizado e decidi então a depreciá-lo e submetê-lo a teste de imparment. Como proceder para sua regularização contábil?
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Respondeu há 4 meses

Regularizar a situação contábil de um imobilizado comprado em 2014 e para o qual você só agora, em 2023, definiu a vida útil e decidiu submeter a depreciação e teste de imparidade (impairment) envolve alguns passos importantes para garantir que os registros estejam em conformidade com os princípios e normas contábeis. Veja abaixo os passos a serem seguidos:

1. Determinação da Vida Útil e Método de Depreciação

Primeiro, é necessário determinar a vida útil do ativo e escolher o método de depreciação adequado (linear, unidades de produção, soma dos dígitos, etc.)

2. Reconhecimento Retrospectivo da Depreciação

Desde que o imobilizado foi adquirido em 2014, você precisará calcular a depreciação retrospectivamente, desde a data de aquisição até a data atual (2023).

Exemplo de cálculo para Depreciação Linear:

  • Custo de aquisição: $100,000
  • Vida útil estimada: 10 anos
  • Valor residual: $10,000 (se aplicável)

(a) Depreciação anual:

Depreciação Anual=Custo de AquisiçãoValor ResidualVida Útil Depreciação Anual=100,00010,00010=9,000

(b) Depreciação acumulada desde 2014 até 2022:

Depreciação Acumulada=9,000×9=81,000

3. Registro da Depreciação Acumulada

Realize o ajuste contábil para reconhecer essa depreciação acumulada:

Débito: Depreciação Acumulada (Conta Retrospectiva) Crédito: Imobilizado Depreciação Acumulada

4. Teste de Impairment (Impairment Test)

Após contabilizar a depreciação acumulada, é necessário submeter o ativo a um teste de impairment para verificar se há qualquer perda de valor recuperável.

Passos para Teste de Impairment:

(a) Valor Contábil (Carrying Amount):

Considere o valor contábil após depreciar acumuladamente.

(b) Valor Recuperável:

O valor recuperável será o maior entre o valor justo menos as despesas de venda e o valor em uso (fluxo de caixa descontado).

(c) Comparação e Reconhecimento de Perda por Impairment:

Se o valor contábil exceder o valor recuperável, reconhecer a diferença como uma perda por impairment:

Débito: Perda por Impairment Crédito: Imobilizado ou Provisão para Impairment

5. Depreciação Futura

Ajuste o valor contábil do ativo (após impairment) e deprecie de acordo com a vida útil restante.

Exemplo:

Se após o impairment, o valor contábil do ativo for $50,000 e restarem 5 anos de vida útil:

Nova Depreciação Anual=Valor contábil - Valor ResidualVida Útil Restante

6. Divulgação e Notas Explicativas

Nas demonstrações financeiras, forneça notas explicativas detalhadas sobre os ajustes feitos, incluindo a mudança na política de depreciação e o resultado do teste de impairment.

Conclusão

Este processo garante que o valor do imobilizado reflita a realidade econômica e esteja de acordo com as exigências das normas contábeis, como o CPC 27 (ativo imobilizado) e o CPC 01 (redução ao valor recuperável - impairment de ativos).

Considere também a consulta ou apoio de um contador certificado para assegurar que os procedimentos sejam realizados corretamente e de acordo com a legislação vigente.

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Professor Paulo V.
Respondeu há 4 meses
Contatar Paulo

CAro aluno,

Num xase como esse onde temos o seguinte processo para regularizar a contabilização de um imobilizado adquirido em 2014, registrado pelo custo e que somente em 2023 teve a vida útil definida, com a decisão de começar a depreciá-lo e submetê-lo ao teste de impairment, você deve seguir os seguintes passos de acordo com as normas contábeis aplicáveis, como o CPC 27 (Ativo Imobilizado) e o CPC 01 (Redução ao Valor Recuperável de Ativos - Impairment).

1. Identificação do Erro e Regularização

Como a depreciação não foi registrada desde 2014, trata-se de um erro contábil, e ele deve ser corrigido de forma retrospectiva, conforme o CPC 23 (Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erro).

Passos para a regularização:

2. Definir a Vida Útil, Valor Residual e Taxa de Depreciação

  • Vida útil: Determine a vida útil econômica do ativo a partir de 2014 (ano de aquisição), levando em consideração as suas características.
  • Valor residual: Estime o valor residual do ativo ao final de sua vida útil.
  • Taxa de depreciação: Com base na vida útil e no valor residual, defina a taxa de depreciação anual.

3. Depreciação Retrospectiva

Você precisa calcular a depreciação acumulada desde a data de aquisição do ativo (2014) até 2023.

Cálculo:

  • Custo de aquisição do ativo menos o valor residual estimado, dividido pela vida útil estimada para obter o valor de depreciação anual.
  • Multiplique a depreciação anual pelos anos transcorridos desde a aquisição (2014-2022), para obter o valor da depreciação acumulada.

4. Registro da Depreciação Acumulada

  • Após calcular a depreciação acumulada de 2014 a 2022, você deve registrá-la no balanço patrimonial, ajustando o ativo e reconhecendo a depreciação acumulada como uma dedução do valor contábil do ativo.
  • O ajuste também será feito nos resultados acumulados, para refletir o impacto da depreciação não registrada nos anos anteriores.

5. Depreciação a Partir de 2023

  • A partir de 2023, você deve começar a registrar a depreciação anual regularmente, até o final da vida útil remanescente do ativo, conforme a taxa de depreciação definida.

6. Teste de Impairment (Redução ao Valor Recuperável)

Segundo o CPC 01 (Impairment), o teste de impairment deve ser realizado para avaliar se o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável (o maior valor entre o valor justo menos os custos de venda e o valor em uso).

Procedimentos:

  • Estimar o valor recuperável do ativo: Determine o valor justo menos os custos de venda ou o valor em uso, conforme aplicável.
  • Comparar com o valor contábil: Se o valor recuperável for menor que o valor contábil (valor do ativo menos a depreciação acumulada), é necessário reconhecer uma perda por impairment.
  • Registrar a perda por impairment: A perda deve ser reconhecida como despesa no resultado do exercício.

7. Divulgações Necessárias

Nas notas explicativas das demonstrações financeiras de 2023, você deve divulgar:

  • O fato de que a depreciação não foi registrada nos períodos anteriores (2014-2022) e que foi feita uma correção retrospectiva.
  • A metodologia utilizada para definir a vida útil, o valor residual e a taxa de depreciação.
  • Os resultados do teste de impairment, se houver.

Conclusão:

  • Depreciação retrospectiva: Calcule a depreciação acumulada desde 2014 até 2022 e ajuste os saldos contábeis.
  • Teste de impairment: Avalie se o valor contábil do ativo precisa ser ajustado para refletir sua perda por desvalorização.
  • Depreciação futura: A partir de 2023, deprecie o ativo com base na vida útil remanescente e reconheça o impairment, se aplicável.

Com essas correções, você estára estará em conformidade com as normas vigentes

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Professor George L.
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Respondeu há 4 meses
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Regularização Contábil de Imobilizado: Depreciação e Teste de Impairment

Parabéns por tomar a iniciativa de regularizar a contabilização do seu imobilizado! A ausência de uma política contábil nos primeiros anos pode gerar algumas complexidades, mas com os procedimentos adequados, você poderá regularizar a situação de forma eficiente.

Procedimentos a serem adotados:

 * Cálculo da Depreciação Acumulada:

   * Definição da Vida Útil: Com base na vida útil estimada definida em 2023, calcule a taxa de depreciação anual.

   * Cálculo da Depreciação Acumulada: Multiplique a taxa de depreciação anual pelo valor do imobilizado e pelo número de anos desde a aquisição (2014 a 2023).

 * Contabilização da Depreciação Acumulada:

   * Débito: Crie uma conta de despesa para registrar a depreciação acumulada dos anos anteriores.

   * Crédito: Reduza o valor do imobilizado na conta patrimonial correspondente.

 * Teste de Impairment:

   * Valor Recuperável: Compare o valor contábil do imobilizado (custo menos depreciação acumulada) com o seu valor recuperável, que é o maior entre o valor justo líquido das despesas de venda e o valor em uso.

   * Perda por Impairment: Caso o valor contábil seja superior ao valor recuperável, reconheça uma perda por impairment, reduzindo ainda mais o valor do imobilizado.

 * Ajustes nas Demonstrações Contábeis:

   * Demonstração do Resultado: Registre a depreciação acumulada como uma despesa e, se houver, a perda por impairment.

   * Balanço Patrimonial: Reduza o valor do imobilizado e reconheça a depreciação acumulada no patrimônio líquido.

   * Demonstração dos Fluxos de Caixa: Ajuste os fluxos de caixa de acordo com as alterações contábeis.

 * Divulgação:

   * Notas Explicativas: Descreva detalhadamente a mudança na política contábil, o cálculo da depreciação acumulada, os resultados do teste de impairment e o impacto nas demonstrações contábeis.

Considerações Adicionais:

 * Efeitos Fiscais: Consulte um profissional de contabilidade para verificar as implicações fiscais da regularização, como a possibilidade de deduzir a depreciação acumulada nos exercícios seguintes.

 * Retroatividade: Em geral, a mudança na política contábil é aplicada de forma prospectiva, ou seja, a partir da data da adoção da nova política (2023). No entanto, em alguns casos, pode ser necessário reavaliar as demonstrações contábeis dos períodos anteriores.

 * Profissional Contábil: Recomenda-se buscar a orientação de um profissional da contabilidade para garantir que a regularização seja realizada de forma correta e em conformidade com as normas contábeis aplicáveis.

Exemplo Prático:

Supondo que o valor do imobilizado em 2014 era R$ 100.000, a vida útil estimada é de 10 anos e a taxa de depreciação anual é de 10%. A depreciação acumulada até 2023 seria de R$ 100.000 * 10% * 9 anos = R$ 90.000.

Contabilização:

 * Débito: Depreciação Acumulada R$ 90.000

 * Crédito: Imobilizado R$ 90.000

Lembre-se que este é apenas um exemplo e a sua situação específica pode exigir ajustes.

 

 

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