Na Demonstração do Valor Adicionado (DVA), o foco principal é mostrar a riqueza gerada pela empresa e como essa riqueza é distribuída entre seus diversos stakeholders, tais como empregados, governo, financiadores e sócios. A DVA tem como objetivo evidenciar a contribuição econômica da empresa para a sociedade.
Quando se trata da venda de um terreno, o valor contábil líquido do terreno vendido (ou seja, o valor pelo qual o terreno está registrado no balanço patrimonial da empresa) não é considerado diretamente na DVA por várias razões:
Natureza da DVA: A DVA está orientada para capturar o valor adicionado pela atividade operacional da empresa ao longo do período. Ela se concentra nas operações que geram receita e as despesas associadas a essas operações, além do valor distribuído aos diversos grupos de interesse. A venda de ativos não operacionais, como terrenos, não é uma atividade operacional recorrente e, portanto, não se enquadra diretamente no conceito de valor adicionado pela operação da empresa.
Capital vs. Receita: O valor contábil do terreno vendido é um custo histórico do ativo, enquanto a DVA se preocupa com a geração de novas receitas e a agregação de valor. Quando a empresa vende um terreno, o ganho ou perda resultante da venda (diferença entre o valor de venda e o valor contábil) é relevante. Esse ganho ou perda pode influenciar a DVA na medida em que se reflete no resultado do exercício, mas o valor contábil em si não impacta diretamente a geração de valor percebida pela DVA.
Eventos Extraordinários: Vendas de terrenos são frequentemente tratadas como eventos não recorrentes ou extraordinários. A DVA tende a focar em atividades recorrentes e contínuas que mostram a real capacidade da empresa de gerar valor ao longo do tempo. O valor contábil do terreno é um elemento patrimonial mais ligado à posição financeira da empresa (demonstrado no balanço patrimonial), e não à performance operacional do exercício.
Portanto, o valor contábil do terreno vendido não é diretamente considerado na DVA porque esta demonstração busca refletir a geração de valor e a distribuição de riquezas provenientes de atividades operacionais contínuas e recorrentes da empresa, não englobando diretamente movimentações patrimoniais de ativos não operacionais.
A DVA basicamente mostra quanto dinheiro a empresa fez no seu dia a dia e como ela distribuiu isso com intuito para a "sociedade". Vender um terreno, por exemplo, é algo fora da rotina, tanto que pode ser considerado como não operacional no DRE; não é o que a empresa faz sempre. O valor contábil do terreno é o que ele valia quando a empresa comprou, e isso não tem a ver com o quanto a empresa gerou de valor agora. Por isso, na DVA só entra o lucro ou prejuízo da venda, e não o valor que o terreno estava registrado.
A Demonstração do Valor Adicionado foca no que a empresa faz de verdade no dia a dia, não em coisas que acontecem de vez em quando.
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) visa mostrar como a empresa gera valor e como esse valor é distribuído entre os diversos agentes econômicos envolvidos. Por isso, o foco da DVA não está no valor histórico dos ativos (como o valor contábil do terreno), mas sim no valor que a empresa adiciona à economia através de suas operações.
Por que o valor contábil não aparece diretamente na DVA na venda de um terreno?
* Valor contábil x Valor de venda: O valor contábil representa o custo histórico do terreno, enquanto o valor de venda reflete o valor de mercado atual. A diferença entre esses dois valores indica o ganho ou a perda da empresa com a operação. É essa diferença que é relevante para a DVA, pois mostra o valor que a empresa criou ou destruiu com a venda.
* Foco no resultado da operação: A DVA busca evidenciar o resultado da operação de venda do terreno, ou seja, o lucro ou prejuízo obtido. O valor contábil, por si só, não informa sobre o resultado da operação.
* Outros componentes da DVA: A DVA considera outros componentes importantes, como a remuneração dos funcionários, o pagamento de impostos, os juros pagos a terceiros, etc. Esses componentes demonstram como o valor criado pela empresa é distribuído entre os diferentes agentes econômicos.
Como o resultado da venda do terreno é apresentado na DVA?
O resultado da venda do terreno (ganho ou perda) é apresentado na DVA como parte do valor adicionado bruto. Esse valor representa a riqueza gerada pela empresa antes de considerar as distribuições aos diversos agentes econômicos.
Em resumo:
A DVA não considera o valor contábil do terreno vendido diretamente porque seu objetivo é mostrar o valor que a empresa criou com a operação, e não o valor histórico do ativo. O que interessa para a DVA é o resultado da operação, ou seja, o ganho ou a perda obtida com a venda.