No contexto do teste de recuperabilidade, também conhecido como teste de impairment, a norma contábil relevante, como o CPC 01 (R1) no Brasil (equivalente ao IAS 36 no IFRS), determina o procedimento adequado a ser seguido para avaliar se um ativo está registrado contabilmente por um valor superior ao seu valor recuperável.
Primeiro, é importante esclarecer alguns conceitos:
De acordo com o CPC 01, o valor recuperável é o maior valor entre o valor em uso e o valor justo líquido de despesas de venda. Se o valor recuperável for maior que o valor contábil, não há necessidade de ajuste por impairment, e o valor contábil do ativo não deve ser alterado.
Dado que a sua situação especifica menciona que o valor em uso é maior que tanto o valor justo líquido de despesas de venda quanto o valor contábil registrado, podemos concluir que o valor recuperável (sendo o maior entre valor em uso e valor justo líquido de despesas de venda) é, de fato, maior que o valor contábil registrado.
Portanto, no caso apresentado: - O valor a ser mantido na contabilidade para esse ativo será o valor contábil registrado atual, pois não há necessidade de ajuste.
Valor a ser mantido na contabilidade
Se o valor em uso é maior tanto que o valor justo líquido de despesas de vendas quanto que o valor contábil registrado, o valor que deve ser mantido na contabilidade para esse ativo é o valor contábil registrado.
Por quê?
* Teste de recuperabilidade: Esse teste visa garantir que os ativos não sejam contabilizados por um valor superior ao que a empresa espera recuperar através do uso ou da venda do ativo.
* Valor em uso: Representa o valor presente dos fluxos de caixa futuros que se espera que o ativo gere.
* Valor justo líquido de despesas de vendas: É o valor pelo qual o ativo poderia ser vendido em uma transação ordenada entre partes conhecedoras.
* Valor contábil: É o valor pelo qual o ativo está registrado no balanço patrimonial.
Como interpretar o resultado:
* Valor em uso > Valor contábil: Indica que o ativo ainda gera valor para a empresa e que seu valor contábil é adequado.
* Valor em uso > Valor justo líquido de despesas de vendas: Sugere que o ativo é mais valioso quando utilizado pela empresa do que se fosse vendido.
Conclusão:
Diante desse cenário, não há necessidade de ajustar o valor contábil do ativo, pois ele já reflete de forma adequada seu valor de recuperação.
Importante:
* Re avaliações periódicas: Mesmo que o valor em uso seja maior que o valor contábil, é importante realizar avaliações periódicas para garantir que a situação se mantenha.
* Alterações futuras: Caso em futuras avaliações o valor em uso se torne inferior ao valor contábil, será necessário reconhecer uma perda por impairment e ajustar o valor do ativo.
Em resumo:
O valor contábil registrado é o valor correto a ser mantido na contabilidade para esse ativo, uma vez que ele representa de forma justa o valor que a empresa espera recuperar através do uso do ativo.