A afirmação contém informações corretas, mas é importante esclarecer alguns pontos sobre a morfina e a atropina:
Morfina: É um alcaloide que atua como um opioide, agindo nos receptores opioides no sistema nervoso central (SNC) para produzir efeitos analgésicos (alívio da dor) e também pode causar sedação, euforia e, em doses elevadas, depressão respiratória. É reconhecida por seu poderoso efeito analgésico.
Atropina: Embora a atropina seja um alcaloide que também atua no sistema nervoso, ela não é tipicamente associada a efeitos alucinógenos. A atropina é um bloqueador competitivo dos receptores muscarínicos da acetilcolina e é utilizada para tratar várias condições, incluindo bradicardia (frequência cardíaca lenta) e como antídoto em casos de intoxicação por organofosforados. Seus efeitos incluem aumento da frequência cardíaca, dilatação das pupilas e redução da secreção salivar, mas não são considerados alucinatórios. No entanto, doses muito altas de atropina podem causar efeitos colaterais que incluem confusão e delírios, mas isso não é o mesmo que os efeitos alucinógenos típicos de outras substâncias.
Portanto, enquanto a morfina é de fato um analgésico potente que atua no SNC, a descrição da atropina como causando "efeitos alucinógenos" não é precisa. Ela tem efeitos anticolinérgicos, mas não é normalmente classificada como uma substância alucinógena.