Prezado(a) professor (a),
Participei de uma reunião de professores há alguns meses onde, na convocação não existiam pontos de pauta. Era de conhecimento prévio de todos, apesar de não haver a formalização de que seria tratado o assunto divisão de carga horária semestral e disciplinas. A reunião foi acalorada com debates e insatisfações por parte de alguns professores (tenho a reunião gravada). Ao final de cerca de 40 minutos de reunião, por não haver consenso quanto às cargas horárias de cada docente e disciplinas, ficou a cargo do coordenador do curso defini-las para cada docente. Assim que chegou-se a este momento, despedi-me de todos e saída sala de reunião virtual. Acontece que no dia seguinte ao receber a ata com pedido de aposição de assinatura fui surpreendido com a continuidade dos trabalhos, inclusive com participação e tomadas de decisão na área de pesquisa (na qual possuo atividades e tenho interesses diretos) por parte do diretor-geral do campus sem que pudesse manifestar-me Informou-se na ata de reunião que eu havia "deixado a sala de forma antecipada". Solicitei há mais de seis meses a correção da ata (continuo recebendo semanalmente pedidos de aposição de assinatura), pedido que foi reiterado há 15 dias, porém não há qualquer manifestação da instituição. Trata-se de instituição de ensino pública. Como solucionar tal situação de indiferença e abuso?
Olá Carlos! Do seu relato, conclui que você possui vínculo estatutário, portanto, não se aplicam as normas de direito do trabalho. As normas aplicáveis são as de direito administrativo. Você precisa acionar a autoridade que esteja acima do diretor do campus e formalizar sua denúncia e requerer providências.
A situação que você descreveu na reunião de professores de uma instituição pública de ensino, onde houve a falta de formalização de pautas e a inclusão de decisões sem a sua participação, envolve questões complexas de gestão acadêmica, direitos de participação e transparência. Vamos explorar essa questão de maneira mais aprofundada, considerando aspectos legais, administrativos e éticos.
O direito à participação nas decisões que afetam a vida acadêmica é um princípio fundamental em instituições de ensino, consagrado em diversas normativas. No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996) estabelece em seu artigo 3º que a educação é um direito de todos e que os sistemas de ensino devem garantir a participação da comunidade escolar na gestão.
Cada instituição de ensino tem um regimento interno que define as normas e procedimentos a serem seguidos. É fundamental consultar esse documento, pois ele pode conter:
A situação que você enfrenta é um exemplo de como a falta de comunicação e a exclusão nas decisões acadêmicas podem prejudicar a dinâmica institucional e a qualidade da educação. Buscar soluções por meio de canais formais, apoio coletivo e ações estratégicas pode contribuir para restabelecer um ambiente de trabalho mais colaborativo e respeitoso. A transparência nas decisões é essencial para o fortalecimento da gestão acadêmica e para a valorização dos profissionais envolvidos.