A manobra de Osler, também conhecida como "sinal de Osler", é um procedimento clínico utilizado para diferenciar entre a hipertensão verdadeira e a pseudohipertensão, especialmente em pacientes idosos. A prática envolve a palpação das artérias periféricas, como a artéria radial ou braquial, enquanto se infla um manguito de pressão arterial acima da pressão sistólica do paciente.
Aqui está como a manobra é realizada:
A pseudohipertensão pode levar a tratamentos inadequados, como a administração de medicamentos anti-hipertensivos a pacientes que não têm realmente hipertensão arterial significativa. A manobra de Osler, portanto, ajuda a evitar o diagnóstico incorreto e a gestão inadequada da pressão arterial, sendo especialmente útil em pacientes idosos, que frequentemente apresentam calcificação e rigidez arterial.
Vale ressaltar que a manobra de Osler tem suas limitações e não é amplamente utilizada na prática clínica contemporânea. Testes mais modernos e precisos são preferidos para avaliação da rigidez arterial e da verdadeira pressão arterial.
é um método utilizado para diagnosticar pseudo-hipertensão, um fenômeno em que a pressão arterial medida é falsamente elevada.
Mas o que é a pseudo-hipertensao? É caracterizada por nível de pressão arterial falsamente elevado em decorrência do enrijecimento da parede da artéria. Sendo mais comum em idoso e tabagistas.
Posicionamento do paciente: O paciente deve ser colocado em decúbito dorsal (deitado de costas) e em ambiente confortável, sem pressa para evitar alterações bruscas na pressão arterial.
Palpação da pressão arterial: Durante a manobra, o enfermeiro (ou profissional de saúde) utiliza o esfigmomanômetro (aparelho de medir a pressão arterial) e um estetoscópio para monitorar a pressão arterial do paciente. O cuff (braçadeira do aparelho) é inflado até que a pressão seja suficientemente alta para interromper o fluxo sanguíneo na artéria do braço, o que provoca a ausência de pulso nas extremidades.
Observação da pressão após a descompressão: Após inflar o cuff, o profissional deve desinflar a braçadeira aos poucos, enquanto observa a pressão arterial no estetoscópio, buscando por um sinal de osler positivo. Isso ocorre quando há uma oscilações abruptas da pressão arterial, que pode indicar problemas como disfunções circulatórias.
Um sinal de Osler positivo ocorre quando o pulso do paciente, inicialmente interrompido pela pressão do cuff, demora mais do que o esperado para se restabelecer ou quando o pulso retorna de maneira irregular após a descompressão. Isso pode sugerir que o paciente tem um quadro de hipotensão arterial grave ou dificuldade no retorno do fluxo sanguíneo, problemas que precisam ser avaliados com urgência.
Em minha experiência de enfermeira, a manobra de Osler é mais comumente usada em contextos em que se suspeita de doenças cardiovasculares, como em pacientes com histórico de hipotensão, choque ou insuficiência cardíaca. Embora seja uma técnica simples e rápida, ela oferece informações importantes sobre a resposta circulatória do paciente à alteração da pressão arterial e pode ajudar a identificar a necessidade de intervenções médicas rápidas.
No entanto, a manobra de Osler não é um teste definitivo para todas as condições circulatórias e deve ser interpretada no contexto do quadro clínico do paciente. Ela pode ser usada como parte do processo diagnóstico, mas é sempre importante realizar uma avaliação mais ampla, com outros exames laboratoriais e clínicos.
Com meus 10 anos de experiência na área da enfermagem, posso dizer que a realização correta dessa manobra e a interpretação de seus resultados exigem atenção e paciência. É importante que o enfermeiro ou profissional de saúde tenha a capacidade de reconhecer sinais de alerta e agir rapidamente, especialmente quando o paciente apresenta histórico de doenças cardiovasculares ou sinais de choque.
Se você ou um paciente apresentar sinais de hipotensão grave ou de instabilidade circulatória, é fundamental buscar ajuda médica imediatamente para um diagnóstico completo e acompanhamento adequado.