Para resolver este problema, utilizaremos o princípio da conservação da massa, conhecido como equação da continuidade para fluxo em canais abertos, que é expressa por:
onde: - é a vazão volumétrica (constante no escoamento de regime permanente), - é a área da seção transversal do canal, sendo a largura e a altura do escoamento, - é a velocidade do escoamento.
Dado: - Velocidade inicial , - Altura inicial , - Largura inicial .
A vazão inicial é:
Para a nova largura , a equação da continuidade nos dá:
Sabendo que , temos:
Assumindo que não há perda de energia significativa (escoamento suave), a velocidade após a contração = , substituindo na vazão:
Simplificando:
Para a nova largura , a equação da continuidade nos dá:
Sabendo que , temos:
Assumindo igualmente que não há perda de energia significativa, a velocidade após a expansão = , substituindo na vazão:
Simplificando:
Para que as condições de escoamento a montante não sejam alteradas, a velocidade antes e depois da contração deve ser a mesma, significando que não pode haver aceleração. Portanto, a área após a contração deve igualar a área inicial :
Se assumirmos uma altura constante (sem alteração), então:
Essa conclusão pela física básica de canalização indica que qualquer contração diminuirá a seção transversal e, portanto, aumentará a velocidade local, alterando as condições a montante. Contudo, se permitir alteração na altura e na velocidade, obteremos um canal teórico mais largo que corretamente processaria a abordagem.