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Forense

Farmácia-Bioquímica
FORENSE Os irmãos Kauã S. B., de 6 anos, e Joaquim S. A., de 3 anos, morreram em um incêndio na casa onde moravam com a família, em um município localizado no estado do Espírito Santo. As polícias Técnico-Científica e Civil, além do Corpo de Bombeiros atuaram nas investigações. Exames como luminol, DNA e testes com fogo ajudaram a identificar que a tragédia, na verdade, era um crime. No decorrer das perícias e com a execução da "cadeia de custódia", foi possível encontrar peças-chave da investigação, como respingos de sangue das vítimas pela casa e a presença de um combustível, que incriminavam George A. e indicaram que ele estuprou, agrediu e queimou vivos seu filho Joaquim e seu enteado Kauã. Ao entrar no local do incêndio, o perito já desconfiou que havia algo errado no primeiro depoimento do acusado, em que o fogo teria começado após um suposto curto-circuito no aparelho de ar-condicionado, que ficava logo acima dos beliches onde os meninos dormiam. As imagens das câmeras de segurança mostram que o incêndio se iniciou por volta das 2h20, e os bombeiros chegaram na casa em apenas 10 minutos. O tempo não seria suficiente para uma destruição tão grande, como a encontrada pela equipe no momento em que entrou na residência para combater o fogo. Em seguida, a perícia percebeu que as vítimas não tiveram oportunidade de tentar se salvar, como geralmente ocorre em casos de acidente. Isso direcionava que as crianças estavam inconscientes no momento em que queimaram. O desmaio poderia ter sido causado pela fumaça inalada, mas outro trabalho de perícia toxicológica descartou a intoxicação. Por conta disso, a versão do suspeito de que os meninos estavam gritando e chamando por ele e que George teria tentado salvar os filhos começou a ser desmentida. AS INVESTIGAÇÕES Foram realizados os procedimentos periciais iniciais, como fotografias e recolhimento dos cadáveres e envio ao Departamento Médico Legal (DML). Após realizaram a busca de material biológico, como sangue oculto e sêmen, utilizando o luminol e luzes forenses. O principal material encontrado foi o sangue de Joaquim. Vestígios foram achados no box do banheiro social da residência e nos restos da escrivaninha incendiada no quarto dos irmãos. Além disso, os peritos encontraram um galão, que teria sido lavado, cujo conteúdo foi encaminhado ao Laboratório de Química Legal para verificar a presença de substância inflamável. O resultado dos exames realizados no galão constatou a presença de combustível derivado de petróleo. TRÊS FATOS QUE DESMENTEM VERSÃO DO SUSPEITO 1. O uso do luminol, vestígios de sangue e teste de DNA comprovando que o sangue encontrado no banheiro era de Joaquim. 2. Os peritos conseguiram detectar a presença de uma proteína chamada PSA, que compõe o sêmen humano, nas partes íntimas dos corpos dos irmãos. 3. Identificação da presença de combustível derivado do petróleo nas partículas que restaram dos objetos queimados no quarto. CONCLUSÃO Portanto, foi possível comprovar tecnicamente que George molestou as crianças, espancou, a ponto de deixá-las desacordadas, e, em seguida, colocou os dois na cama e ateou fogo, matando os irmãos de forma cruel e fria. Fonte: agazeta.com.br/es/policia/luminol-dna-e-testes-pericia-desvendou-morte-de-kaua-e-joaquim-0419. Acesso em: 27 abr. 2023. ​DESENVOLVENDO O TRABALHO Diante do caso apresentado, responda o que se pede: 1. EXPLIQUE a função do luminol e das luzes forenses utilizadas pelos peritos na busca por amostras biológicas. 2. DEFINA o termo "cadeia de custódia" na prática forense e a sua aplicabilidade. 3. DESCREVA as fases da "cadeia de custódia".
Foto de Lene X.
Lene perguntou há 11 meses