O surgimento das ciências humanas se deu em um contexto histórico de grandes transformações sociais, econômicas e intelectuais, especialmente durante o Iluminismo e a Revolução Industrial, nos séculos XVII e XVIII.
Iluminismo: Este movimento intelectual europeu promoveu a valorização da razão e do pensamento crítico, desafiando as tradições e a autoridade da Igreja. Incentivou a investigação racional e empírica da sociedade, da política e da economia, levando ao desenvolvimento das ciências sociais.
Revolução Industrial: A rápida industrialização e urbanização causaram grandes mudanças sociais e econômicas. Essas transformações exigiram uma melhor compreensão das dinâmicas sociais, trabalho e organização econômica, incentivando o estudo sistemático das relações e estruturas sociais.
Desenvolvimento das Nações-Estado: O fortalecimento dos Estados modernos e o aumento do interesse por governança eficaz e políticas públicas incentivaram o desenvolvimento de disciplinas que pudessem informar políticas estatais, como economia e sociologia.
Secularização do Conhecimento: A passagem do conhecimento de um domínio teológico para um mais secular significou que os fenômenos sociais começaram a ser entendidos e estudados separadamente da religiosidade, permitindo o surgimento de disciplinas como a antropologia e a psicologia.
Durante este período, figuras como Adam Smith, Émile Durkheim e Max Weber, entre outros, começaram a estabelecer fundamentos para disciplinas como economia, sociologia e ciência política, formalizando assim o estudo das ciências humanas.