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Matheus há 4 anos
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Felicidade

assunto:felicidad

 

Leia, com atenção, o fragmento abaixo.

 

 

Os fins são vários e nós escolhemos alguns dentre eles [...] segue-se que nem todos os fins são absolutos; mas o sumo bem é claramente algo de absoluto. Portanto, só existe um fim absoluto [...]. A felicidade é algo absoluto e autossuficiente, sendo também a finalidade da ação.

 

(ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Livro I)

 

Considerando o texto, é possível inferir que a felicidade:

 

I é um bem desejável em si mesmo e nunca no interesse de outra coisa.

II é um bem permanente subordinado à vivência dos prazeres físicos.

III é um bem abstrato que não encontra correspondência nas vivências humanas.

Está CORRETO o que se afirma em:

 


II, somente.


I e II.


III, somente.


II e III.


1,somente.

Filosofia
2 respostas
Professor Ramiro F.
Respondeu há 4 anos
Contatar Ramiro

A frase "I" está correta.

Aristóteles revela que a felicidade é independente, para os efeitos que cumpre, de outras coisas (concretas e abstratas). Como são prejudiciais, tanto o excesso quanto a ausência de uma sensação (imaginemos o prazer sensorial) não podem ser ligadas absolutamente ao resultado - ser feliz - porquanto a própria felicidade dependerá de fatores como virtude e amizade.

Finalmente, A felicidade não é um estado temporário, ou seja, algo que pode ser ganhado ou perdido em algumas horas. Felicidade significa um fim, que engloba a totalidade da vida de uma pessoa. Segundo Aristóteles, a virtude moral não pode ser obtida de forma abstrata. 

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Professor Matheus B.
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Respondeu há 4 anos
Contatar Matheus

Apenas o enunciado I está correto. No livro I da Ética, Aristóteles deixa claro que o sumo bem humano (a felicidade ou eudaimonia) não pode ser subordinada a nenhum outro fim. Do contrário, o sumo bem não seria o fim da vida humana mas sempre estaria subordinado a alguma outra coisa e assim caíriamos numa regressão ao infinito. É fundamental que o sumo bem ou a felicidade seja o real fim da vida humana. 

 Ao compararmos a vida dedicada aos prazeres físicos ou a honra, constamos que elas são buscadas não em si mesma mas com o interesse em alcançar alguma outra coisa. Uma vida dedicada ao prazer ou a honra não é autosuficiente e, por isso, não pode ser um fim em si mesmo. Somente a felicidade poder ser um fim em si.

Além disso, Aristóteles é categórico com sua crítica ao sumo bem platônico. Afinal, não estamos buscando um bem abstrato, supra-humano ou fora da vida humana, mas um bem real concreto, relativo a nós humanos. Todos esses argumentos são desenvolvidos ao longo do livro I da Ética.

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