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Felipe há 6 anos
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O que nietzsche quis dizer?

Prezados, Qual é a interpretação para frase de Nietzsche? Como pode ser entendida? Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você. Grato!
Filosofia Geral
5 respostas
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Respondeu há 8 meses

A frase de Nietzsche “Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você” é uma das mais célebres de sua obra "Além do Bem e do Mal", e pode ser interpretada de diversas maneiras. Aqui estão algumas possíveis interpretações:

  1. Reflexão sobre a natureza humana: A ideia central pode ser que, ao confrontar aspectos sombrios, profundos ou desafiadores da existência (o abismo), acabamos sendo transformados por essa experiência. O "abismo" pode simbolizar nossas próprias questões internas, medos ou a própria condição humana, e ao nos depararmos com esses elementos, podemos começar a incorporar suas qualidades em nossa própria essência.

  2. Cuidado com o pessimismo: A frase também sugere que obsessões ou uma contemplação excessiva sobre o lado sombrio da vida, como o desespero, a dor ou a violência, podem levar uma pessoa a adotar uma perspectiva negativa ou cínica. O "olhar" para o abismo pode ser visto como um aprofundamento em experiências ou pensamentos destrutivos que, eventualmente, podem nos afetar e nos transformar.

  3. Autoconhecimento: Neste sentido, olhar para o abismo é um convite à introspecção. À medida que exploramos as profundezas de nossa psique ou as facetas mais sombrias da vida, começamos a entender melhor a nós mesmos. Contudo, essa jornada pode ser perigosa, pois revelações profundas sobre nossa própria natureza ou a condição humana podem ser inquietantes ou angustiantes.

  4. Relativização do bem e do mal: A frase pode ser um reflexo da crítica de Nietzsche às moralidades tradicionais. Ao olhar para o abismo, podemos questionar e desafiar as normas morais convencionais, e essa indagação pode fazer com que as fronteiras entre o bem e o mal se tornem nebulosas. Assim, o abismo serve como um catalisador para a reconsideração dos valores que acreditamos serem absolutos.

Em suma, a frase de Nietzsche convida à reflexão sobre a relação entre a observação e a transformação. Olhar para o abismo pode ter consequências profundas sobre nossa identidade e nossa maneira de ver o mundo. É um aviso para que não nos deixemos consumir pelo que encontramos no nosso caminho.

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Professor Adriano L.
Respondeu há 6 anos
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Inicialmente é preciso pegar o período no qual esta frase está inserida. Assim, temos: "Quem deve enfrentar monstros deve permanecer atento para não se tornar também um monstro. Se olhares demasiado tempo dentro de um abismo, o abismo acabará por olhar dentro de ti." Assim, estamos falando no abismo de um modo mais amplo. Primeiramente, não podemos nos misturar com aquilo que tentamos lutar contra. Um homem bom que luta contra mal deve cuidar-se para não tornar-se mal. Esse é um caso de um monstro que se combate. Já o abismo tanto pode significar o niilismo - o nada, o vazio - dos nossos valores quanto pode signicar que este vazio pode ser um monstro a ser combatido. E que ao se defrontar demasiado com o vazio, pode se também tornar vazio, ou seja, a falta de valores que o niilismo representa pode tomar conta do contemplante, ou ainda, o abismo pode ser o monstro que se combate e a conotação é que o abismo olhará dentro de ti tornando-o tão vazio quanto ao abismo contemplado. Nesse sentido, monstro e abismo se confundem. E o que há é o niilismo no qual vivemos e o perigo de transmutarmos naquilo que combatemos. Nietsche é complexo, dificil de tratar isoldamente um ponto. Mas nesse caso, procure a leitura de "Além do bem e do mal" obra na qual está inserida esta frase.

Um professor já respondeu

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Que quando mais olhamos para algo considerado errado mais esse algo te transforma nele por isso que "quando lutamos com monstros devemos nos acautelar para que não nos tornamos um semelhante" por isso deve ter cuidado com o abismo pois ele pode transformar sua vida em puro desespero

Um professor já respondeu

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Ao olharmos demoradamente para dentro de um abismo, deparamo-nos com o nada, com o rompimento da gestalt que permite nossas percepções : não temos mais uma figura e o fundo nos engole, se apossa de nosso entorno para em seguida invadir-nos até a alma. Depois de remoer um pouco esta ideia, cheguei a um pensamento derivado que é “ A consciência é o ponto de estrangulamento de um único abismo”. O estrangulamento advém pois desta injunção que nos dá ilusão de um limite real de algo que é contínuo. Este estrangulamento é temporário, leva o tempo de uma vida, antes do retorno ao contínuo, àquilo que não tem limite nem presença. Este olhar para dentro de si começa como numa espiral, onde primeiro tentamos entender, dar significado, para lentamente ir perdendo completamente os referenciais lingüísticos, simbólicos, ficando expostos a um sentir sem palavras, sem imagens sem conceitos. Não conseguimos pensar o impensável e sem uma linguagem que nos faça sentido, que tenha significado, encontramos o nada absoluto. Estamos irremediavelmente presos aos limites de nossa linguagem e o que possa haver além dela, para nós se apresenta apenas como o nada. Talvez este seja o princípio do Eterno Retorno de Nietzsche : Encontramo-nos no nó de uma ampulheta, que é nossa consciência, condenados a assistir a passagem dos mesmos grãos de areia (aquilo que nossa linguagem pode significar) de um lado para outro da ampulheta, sem jamais podermos divisar o que há fora da ampulheta, que apenas intuímos (mas só conseguimos imaginar como se também fossem outros arranjos de grãos semelhantes aos grãos de areia disponíveis na ampulheta). Se demorarmos o tempo suficiente olhando para o fundo do abismo, o sentir conhecido, os ecos corporais vão se tornando distantes, abrindo espaço para sentires cada vez mais estranhos, como se estivéssemos nos projetando no vazio... o mesmo vazio sem referencial que insistíamos em tentar divisar no fundo sem fundo do abismo. É como se de alguma forma, retornássemos ao ponto de partida. Um ponto de partida que é tão de partida quanto é de chegada, portanto um contínuo... Um plano contínuo onde a única coisa que se interpõe entre o dentro e fora é a nossa consciência, nossa noção de corpo físico contemplante. A sensação decorrente pode ser chamada de "sentido de presença", numinosidade ou qualquer outro nome que se queira dar, inclusive pura e simplesmente "consciência". Parece-me que o limite de nossa consciência está vinculado ao quão estrangulado é este ponto onde moram nossas percepções : se for por demais apertado, perdemos a conexão com aquilo que somos, interrompemos o simples fluxo do fora e dentro, vendo-os como coisas absolutamente separadas. Se por outro lado, for por demais frouxo, nos aproximamos dos ascetas que buscam o Nirvana e perdemos igualmente a conexão com qualquer coisa que tenha significado. Sobre esta busca dos ascetas... penso que há uma pressa injustificada : o rompimento de nosso elo de consciência é líquido e certo. É apenas uma questão de tempo. Talvez devêssemos apreciar e conhecer os grãos de areia de nossa ampulheta, sabendo que são os mesmos, de um lado e de outro e que basta estarmos atentos para vê-los passar diante de nossos olhos. Se quiseres mais informações: (82)981438399

Um professor já respondeu

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Imagino que seja, "quando se olha o abismo ele olha de volta" qd se contempla o vazio pode se tornar vazio, quanto mais se contempla o vazio mais propenso esta de ser corrompido por este, me lembra aquela frase "ao enfrentar monstros deve-se tomar cuidado para não se tornar um monstro" ao contemplar demais o vazio ha o risco de se tornar vazio tbm(sem esperanças e com poucas emoções, frio) "me diga com quem andas e te direi quem és" hoje tive um diálogo sobre esta frase que me fez lembrar da frase do abismo e vir até aqui, eu disse "uma vez chegaram a jesus e o perguntaram por que andas com essas pessoas? São assassinos, ladrões, mulheres vulgares, homens sem coração e gananciosos e jesus disse "não são os saudáveis que precisam de cura mas sim os doentes" ou seja ele estaba em meio aos "lobos" pecadores "má influência" para ajuda-los a evoluir, mas cuidado você não é jesus o cara tinha uma base forte uma base surreal, você tem esta mesma base? Você tem nervos de aço? Ou é cabeça fraca? Ao andar com pessoas vazias, pessoas que não ligam em magoar você se pergunta porquê eu insisto? Não ha esperanças pois não haverá mudança, ao andar com mentirosos você fica espantado com a capacidade, engenhosidade, frieza inteligência e malandragem usada para o mal, você se pergunta pra que ser honesto? Ao adentrar no mundo da política você percebe que não ha um que salva, e se fossemos no lugar deles fariamos o mesmo ou morreriamos, afinal o honesto não dura la, pois todos tem suas fraquesas e estão propensos a cair em tentação e por aí vai... ta no inferno... abraça o capeta, em outras palavras ao andar com os errados ha uma chance de nos tornarmos iguais a eles, ao contemplar o mal que a humanidade é capaz podemos ficar sem esperanças e vazios( nos entregarmos) ao contemplar monstros pode-se tornar um, ao contemplar presenciar o vazio pode-se tornar vazio, ao contemplar o abismo ele pode olhar de volta...

Um professor já respondeu

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