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Filosofia Ensino Médio

"A moral é solitária (ela só vale na primeira pessoa); toda política é coletiva.
É por isso que a moral não poderia fazer às vezes de política, do mesmo modo que a política não poderia fazer às vezes de moral: precisamos das duas, e da diferença entre as duas!
Uma eleição, salvo excepcionalmente, não opõe bons ou maus, mas opõe Campos, grupos sociais ou ideológicos, partidos, alianças, interesses, opiniões, prioridades opções, programas. Que a moral também tenha uma palavra a dizer é bom lembrar (a votos moralmente condenáveis). Mas isso não nos poderia fazer esquecer que ela não faz às vezes nem de projeto nem de estratégia. O que é a moral propõe contra o desemprego, contra a guerra, contra a barbárie? Ela nos disse que é preciso combate-los, Claro, mas não como temos maiores oportunidades de derrota-los. Ora, politicamente, é o como que importa. Você é a favor da justiça e da Liberdade? Moralmente falando, é o mínimo que se espera de você. Mas, politicamente, isso não lhe diz nem como defendê-la nem como concilia-la. Você deseja que israelenses e palestinos tenham uma pátria segura e reconhecida, que todos os habitantes de Kosovo possam viver em paz, que a globalização econômica não se produzem em detrimento dos povos e dos indivíduos, que todos os idosos possam ter uma aposentadoria decente, todos os jovens uma educação digna desse nome? A moral aplaude, mas não lhe diz como aumentar nossas possibilidades de, juntos, alcançar esses objetivos. e quem pode acreditar que a economia eu livre jogo do mercado bastam para tanto? O mercado só vale para as mercadorias. Ora, o mundo não é uma. Ora, a justiça não é uma . Ora, a liberdade não é uma . Que loucura seria confiar ao mercado o que não é para se comercializar. Quanto as empresas elas tendem antes de mais nada ao lucro. Não as crítico por isso: é a função delas, e desses lucro a todos nós necessitamos. Mas quem pode acreditar que o lucro Basta para fazer uma sociedade mais humana? A economia produz riquezas, e a riqueza é necessária, e nunca será demais. Mas também precisamos de justiça, de liberdade, de segurança, de paz, de fraternidade, de projetos, de ideias. Não há mercado que os forneça isso. É por isso que é preciso fazer política: porque a moral não basta, porque a economia não basta e, portanto, por que seria moralmente condenável economicamente desastroso pretender contentar-se com uma e outra.
Por que a política? Porque não somos nem Santos nem apenas consumidores, porque somos cidadãos, porque devemos ser cidadãos e para que possamos permanecer cidadãos.
Não basta esperar a justiça, e a paz, a liberdade, a prosperidade. É preciso agir para defende-las, para aprimorá-las, o que só se pode fazer eficazmente de forma coletiva e que, por isso, passa necessariamente pela política. Que esta não se reduza nem a moral nem a economia, já insisti bastante. O que não significa, lembremos para terminar, que ela seja moralmente indiferente ou economicamente sem alcance".

01 – Com base no texto como o autor cita a moral e defende o uso dela na política? Qual o papel dela?

02 – As vezes no vale tudo eleitoral da propaganda eleitoral os candidatos citam ser bons maridos, pais e empresários. Segundo o texto essas qualificações são válidas para a vida política? Que distinção o autor faz entre moral pessoal e moral política?

Foto de Leandro S.
Leandro perguntou há 3 anos