Um sistema formado por um gás ideal sofre uma transformação com as seguintes características:
Q = ΔU e W = 0
Em que W é o trabalho realizado, ΔU é a variação positiva (aumento) da energia interna e Q é o calor fornecido ou absorvido pelo sistema. Estes dados permitem concluir que no processo houve uma transformação:
Oi, tudo bem? Esse W na primeira lei refere-se a um trabalho mecânico sofrido ou realizado por um sistema gasoso na contração ou expansão das suas fronteiras, respectivamente. Assim, quando é dito que W é igual a zero, podemos concluir que as fronteiras do sistema permanecem imóveis, isto é, o volume ocupado pelo gás não é alterado! Em outros termos, temos em mãos um processo isovolumétrico, também denominado de processo isocórico. Além disso, sabendo que processos adiabáticos são aqueles nos quais não há troca de calor entre o sistema e as suas vizinhanças, temos que esse também é um processo não adiabático, pois uma certa quantidade de calor é fornecida/retirada do sistema, afinal Q é diferente de zero! Por fim, como podemos descobrir se o processo é isotérmico? Veja só: quando fornecemos ou retiramos uma quantidade de calor ao sistema, para onde vai ou de onde vem essa energia? Ela não é destruída e nem fica dispersa no espaço, certo? Assim, ela só pode estar vindo ou indo para o que quer que exista dentro do gás! Mas lá só eistem moléculas, certo? Desse modo, essa energia só pode estar sendo fonecida ou retirada dessas moléculas! Agora, vamos ao segundo ponto: quando essas moléculas perdem ou ganham energia, o que acontece? No presente estudo, nós estamos desconsiderando as interações existentes entre as diferentes moléculas do gás (essas interações complicam muito a nossa vida e nós as desconsideraremos enquanto as previsões baterem com as medidas), de tal modo que elas devem possuir apenas as energias cinética e de vibração. Em outros termos, essa troca de energia implicará na variação da energia cinética das moléculas do gás, que é interpretada por nós macroscopicamente como sendo a energia interna do material! Beleza, agora sabendo que a energia vibracional desses se traduz macroscopicamente como temperatura, temos que esse fornecimento/retirada de energia térmica do sistema implica?a em uma variação da sua temperatura! Portanto, esse também não é um processo isotérmico! Resumidamente, o processo descrito é isocórico, não adiabático e não isotérmico. Resposta: b.
Devo notar ainda que essa noção de temperatura e energia interna não surge da termodinâmica, mas sim da teoria cinética dos gases. Apesar disso, elas são bastante úteis no estudo da termodinâmica.
Espero ter ajudado e bons estudos!