A força de atrito é a componente horizontal da força de resistência exercida por uma superfície rugosa (a componente vertical é a força normal, perpendicular a mesma superfície) sobre um corpo em movimento ou em tendência de movimento.
NUM MOVIMENTO RETILÍNEO a força de atrito sempre terá a direção do movimento (neste caso, da velocidade) ou da tendência de movimento (neste caso não há velocidade, pois esse é uma caso específico de repouso), mas com o sentido oposto. Em termos de módulo, antes da iminência de movimento (assim, ainda em repouso) a força de atrito estático terá valor igual ao da força que empurra ou puxa o corpo, embora não tirando o mesmo ainda do repouso. Na iminência de movimento (mas ainda em repouso), a força de atrito estático terá um valor máximo: Fa est. máx = ue (letra "mi' na verdade e a letra "e" juntas significando o coeficiente de atrito estático) x N (normal), ainda igual à força que empurra ou puxa o corpo, o qual ainda permanece em repouso. Quando o corpo entra em movimento, a força de atrito cinético ou dinâmico terá o seguinte valor: Fa cin. = uc (coeficiente de atrito cinético ou dinâmico) x N (normal), valor igual ou inferior à força que empurra ou puxa o corpo (dessa vez colocando-o em movimento). OBS: para um mesmo material de superfície rugosa ue é maior ou igual a uc, pois é mais difícil impedir um movimento de um corpo do que freá-lo sem impedir o movimento do mesmo.
Há uma exceção da regra geral (pela qual a força de atrito tem a direção do movimento ou da tendência de movimento, mas com o sentido oposto): NO CASO DE UM MCU (MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME, ou seja, com velocidade de módulo constante) NUM PISTA DE SUPERFÍCIE RUGOSA, CIRCULAR E CONTIDA NUM PLANO HORIZONTAL a força de atrito faz o papel de força centrípeta ("puxando" assim o corpo para o centro da curva), enquanto que a velocidade é tangencial à trajetória circular e assim em direção e sentido diferentes dos da força de atrito. Portanto, nesse caso a força de atrito ajuda (ao invés de impedir ou frear) o corpo a percorrer a trajetória circular, papel da força centrípeta.