A força de Coriolis é uma força fictícia que aparece em sistemas de referência que estão em rotação. Ela é resultante da rotação da Terra (ou de qualquer outro corpo em rotação) e afeta o movimento de objetos que se deslocam em relação a esse sistema de referência rotacionado.
Quando um objeto se move em uma superfície que está girando, como a Terra, sua trajetória aparenta ser desviada em relação a um observador que está na superfície. No hemisfério norte, esse desvio ocorre para a direita em relação à direção do movimento. Já no hemisfério sul, o desvio ocorre para a esquerda. Esse efeito é mais evidente em movimentos de longa distância e em escalas maiores, como os padrões de vento e correntes oceânicas.
A força de Coriolis é especialmente significativa na meteorologia, onde ajuda a determinar a direção dos ventos e a formação de sistemas de alta e baixa pressão. Além disso, ela é importante em várias outras áreas, como na balística e na dinâmica de fluidos.
A magnitude da força de Coriolis é dada pela fórmula:
onde: - é a força de Coriolis, - é a massa do objeto, - é a velocidade do objeto, - é a taxa de rotação da Terra (em radianos por segundo), - é a latitude.
Em resumo, a força de Coriolis é uma consequência da rotação da Terra e afeta o movimento de objetos em movimento, provocando desvios em suas trajetórias.
Tudo na Física depende de qual referencial você escolhe para fazer suas observações. Existem dois tipos de referenciais: os inerciais, que possuem velocidade constante ou nula em relação à sua observação; e os não-inerciais, que possuem alguma aceleração. Um exemplo clássico de referencial não-inercial é um referencial que rotaciona, como o planeta Terra.
O problema dos referenciais não-inerciais é que surgem forças fictícias. Essas forças só existem para observadores que estão nesse referencial, mas para quem observe de fora, essas forças são apenas um efeito da aceleração do referencial. Um exemplo de força fictícia é justamente a força de Coriolis.
Para uma pessoa na superfície da Terra, se ela observar algum objeto cujo movimento não seja paralelo à direção de rotação da Terra, ela verá que o objeto não conseguirá fazer um trajeto reto, será um trajeto curvado. Isso dará a impressão de que algo empurrou ou puxou o objeto para o lado, desviando de seu trajeto reto.
Por outro lado, alguém que esteja observando o mesmo objeto, mas de fora da Terra, verá que o desvio não ocorreu devido a uma força. A causa do desvio foi simplesmente o movimento de rotação da Terra, que girou a superfície enquanto o objeto se movimentava.
Esse efeito é bem ilustrado por aviões, já que eles viajam grandes distâncias em "linha reta", tornando o fenômeno bem perceptível e sendo necessário considerar seus efeitos no cálculo da rota.
