1. Determine dois motivos que levaram a Argentina a viver seu atual cenário de crise.
2.Aponte um impacto gerado pela atual situação argentina em outro país (mundo ou América Latina).
3. Levante os caminhos de solução , dois pelo menos, que há para a economia do país.
4. Comente a frase pensando na situação abordada nas outras questões " Alguns torcem para as economias de países menores colapsarem enquanto outros veem esse cenário como um alerta para uma crise maior futura"
1. Determine dois motivos que levaram a Argentina a viver seu atual cenário de crise:
A partir dos anos 80, a Argentina assim como outros países latino americanos, foram incentivados a adotarem políticas neoliberais para que suas economias se tornassem mais fortes e estáveis (controle de inflação, valorização das moedas, crescimento econômico e equilíbrio das contas públicas).
Uma destas medidas, que causaram a crise vivida pela argentina foi o atrelamento do peso ao dólar, na paridade de 1 peso para 1 dólar, com respaldo do currency board (1991) , que foi criado pela lei de conversibilidade. A paridade entre essas moedas tornou os produtos argentinos caros no exterior, o que para uma economia que exporta majoritariamente commodities foi extremamente negativo, resultando uma balança comercial negativa para a argentina;
Outro fator de peso foi o abandono do apoio de investimento estrangeiro advindo dos Estados Unidos, devido ao encerramento, feito por George Bush, dos socorros financeiros que antes eram dados aos países em desenvolvimento. O país que antes era seu grande parceiro e havia feito a Argentina de laboratório para a aplicação de sua doutrina liberal, agora havia dado-lhe as costas.
O resultado destas e outra medidas foram: dívida externa da ordem de US$ 144,6 bilhões, que equivalia aproximadamente 50% do seu PIB, estimado em US$ 271,9 bilhões (1998), terminando o ano de 1999 com um déficit na conta corrente da balança de pagamentos da ordem de US$ 12,5 bilhões e um déficit na balança comercial de ordem de US$ 2,17 bilhões. Este endividamento a atrapalhou de conseguir mais financiamentos externos (os que conseguia, eram com juros altos), equilibrar as contas públicas e frear a inflação.
2.Aponte um impacto gerado pela atual situação argentina em outro país (mundo ou América Latina):
Um país diretamente afetado pela crise Argentina é o Paraguai, isso na visão de economistas paraguaios, pois, há investimentos feitos por argetinos no país, como no setor imobiliário e agropecuário. Beltrán Macchi e Víctor Raúl Benítez apontam respectivamente que:
"Sabe-se que a Argentina tem um impacto direto no Paraguai, especialmente na economia urbana e fronteiriça, no consumo e no contrabando. Se a Argentina tem uma crise mais profunda, de alguma forma ela acaba afetando nosso país."
"Também ?como esperado? a desvalorização do peso argentino dá maior impulso ao contrabando que reduz a produção e a venda de mercadorias nacionais."
3. Levante os caminhos de solução , dois pelo menos, que há para a economia do país:
Prmeiramente, implementar políticas públicas para frear a dolarização da economia e não atrelar mais o peso a paridade fixa de 1 para 1 em relação o dólar, com a adoção permanente do câmbio flutuante.
Em segundo, o melhor caminho para a argentina seria investir na economia interna do país, de modo a criar um ambiente propício para a industrialização e a economia avançada, para que esses produtos de valores mais agregados possam incrementar as fontes tributárias do governo. Com a melhora do mercado interno, a argetina deveria renegociar suas dívidas externas, e equilibrar as finanças públicas para poder pagar essa dívida. A população provavelmente iria se manifestar, contudo um estado de bem estar social elevado é caro e o estado só pode financiá-lo com dinheiro. Depois de renegociadas as dívidas e a melhora da imagem internacional da argentina como boa pagadora, é que poderia se falar em afrouxamento da austeridade de forma controlada para não desequilibrar as contas públicas.
4. Comente a frase pensando na situação abordada nas outras questões " Alguns torcem para as economias de países menores colapsarem enquanto outros veem esse cenário como um alerta para uma crise maior futura":
Alguns países e pessoas torcem por esse colapso, pois há investimentos feitos na bolsa de valores em relação a isso, tornando um jogo muito lucrativo este tipo de especulação que "surfa" em cima da crise econômica. Por outro lado, alguns países exergam isso como uma forma de imporem seus desígnios diante de países economicamente frágeis, já que a dependência econômica pode atar as futuras decisões do país devedor e beneficiar fortemente o país credor. Outros economistas que possuem uma visão mais ampla, defendem que essas desigualdades entre países na verdade freia o desenvolvimento econômico global e veem com precupação a possibilidade real da crise de dívida de um país se alastrar para os outros, e o perigo de notar-se isso tarde de mais.
Parte das fontes dessa resposta encontram-se no artigo publicado na Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica. https://www.abphe.org.br/arquivos/mayra-coan-lago.pdf
a) Instabilidade política. b) Desequilíbrio fiscal e endividamento.
esclarecendo melhor :
Instabilidade política: A Argentina passou por períodos de instabilidade política que afetaram sua economia. Mudanças frequentes de governo, decisões políticas inconsistentes e disputas internas dificultaram a implementação de políticas econômicas eficazes e consistentes. Essa falta de estabilidade política impactou negativamente o clima de investimento, desencorajando o fluxo de capital estrangeiro e afetando o crescimento econômico do país.
Desequilíbrio fiscal e endividamento: A Argentina enfrentou desequilíbrios fiscais persistentes, com gastos públicos elevados e baixa arrecadação de impostos. Isso levou a déficits fiscais significativos e ao aumento da dívida pública. O país se endividou para financiar seus gastos, mas o aumento do endividamento tornou-se insustentável, levando a dificuldades em pagar os juros da dívida e a necessidade de renegociação de acordos com credores internacionais.
a) Queda nas exportações argentinas afetando a economia de outros países, especialmente aqueles que têm relações comerciais significativas com a Argentina.
a) Implementação de reformas estruturais para melhorar a eficiência do governo, reduzir a burocracia e aumentar a transparência. b) Estabelecimento de políticas econômicas consistentes, com foco na estabilização fiscal, atração de investimentos e promoção do crescimento sustentável.
Essa frase reflete as diferentes perspectivas em relação à crise econômica em países menores. Alguns podem ter interesses próprios ou visões de curto prazo que os levam a desejar o colapso de economias menores. Por outro lado, muitos veem esses cenários como um alerta para uma possível crise maior no futuro. Isso pode servir como um chamado para a necessidade de políticas econômicas mais sólidas e medidas preventivas em nível global.
1. Dois motivos que levaram a Argentina a viver seu atual cenário de crise são:
a) Instabilidade econômica: A Argentina tem enfrentado um histórico de instabilidade econômica, caracterizado por altos níveis de inflação, déficits fiscais persistentes e uma dívida pública elevada. Esses fatores contribuíram para a deterioração da confiança dos investidores, afetando o crescimento econômico do país.
b) Políticas econômicas inadequadas: Ao longo dos anos, a Argentina implementou políticas econômicas inconsistentes e intervencionistas, que incluíram controles cambiais, restrições às importações e medidas populistas de gastos públicos. Essas políticas dificultaram a atração de investimentos estrangeiros, prejudicaram a competitividade da economia e contribuíram para a crise atual.
2. Um impacto gerado pela atual situação argentina em outro país (mundo ou América Latina) é a possibilidade de contágio financeiro. Dado que a Argentina é uma economia significativa na região, uma crise prolongada pode afetar outros países vizinhos. Isso ocorre porque o agravamento da crise argentina pode levar à desvalorização do peso argentino e à incapacidade de pagamento de sua dívida, o que pode gerar preocupações nos mercados financeiros e aumentar o risco país em toda a região.
3. Existem diversos caminhos de solução para a economia da Argentina. Aqui estão dois exemplos:
a) Ajuste fiscal e reformas estruturais: A Argentina poderia implementar medidas para reduzir seu déficit fiscal, aumentando a arrecadação de impostos e reduzindo os gastos públicos excessivos. Além disso, a implementação de reformas estruturais, como a flexibilização das regulamentações trabalhistas e a simplificação do ambiente de negócios, poderia atrair investimentos e impulsionar o crescimento econômico.
b) Reestruturação da dívida: A Argentina poderia buscar uma reestruturação da sua dívida, negociando condições mais favoráveis com os credores e estabelecendo um plano de pagamento sustentável. Isso poderia reduzir o peso dos pagamentos de juros e permitir que o governo redirecione recursos para investimentos e estímulo econômico.
4. A frase "Alguns torcem para as economias de países menores colapsarem enquanto outros veem esse cenário como um alerta para uma crise maior futura" reflete duas perspectivas diferentes sobre a crise econômica de países menores, como a Argentina.
Algumas pessoas podem ter uma visão negativa e torcer pelo colapso dessas economias menores, talvez porque acreditam que isso poderia trazer benefícios para outros países ou para o sistema econômico global como um todo. No entanto, essa visão é insensível às consequências negativas para a população desses países, que enfrentaria dificuldades econômicas, desemprego e pobreza.
Por outro lado, há aqueles que veem o cenário de crise em economias menores como um alerta para uma potencial crise maior no futuro. Essas pessoas reconhecem que os problemas econômicos em um país podem se espalhar para outras nações
e até mesmo desencadear uma crise global, caso não sejam abordados adequadamente. Portanto, eles encaram essas crises como um sinal de alerta para a necessidade de ações e reformas preventivas a fim de evitar consequências mais graves no futuro.
1.
Inflação Alta - A Argentina enfrenta uma das maiores taxas de inflação do mundo, com índices que chegaram a 70% ao ano.
Mas existem muitos outros elementos que contribuem para esse cenário. Começando pela queda do Peso argentino, que desde 2015 perdeu 95,9% de valor em relação ao dólar.
2. Para o Brasil, o impacto está nas tarifas. A falta de reservas monetárias em dólar, essenciais para as transações correntes da Argentina é o que mais preocupa o Brasil para as exportações de produtos nacionais ao país vizinho. E a desvalorização do peso é crescente.
3. Equilibrar as contas fiscais, reduzir a dependência do país em relação aos empréstimos externos.
4. A importância dos países emergentes está atrelada à participação dessas nações no comércio global, como importantes fornecedores de matérias-primas diversas e, ainda, de bens manufaturados. Esses países tornaram-se protagonistas da economia mundial, especialmente pelo seu rápido crescimento econômico. Muitos saem perdendo.
1. A Argentina tem enfrentado uma série de desafios econômicos nas últimas décadas, incluindo inflação elevada, dívida externa significativa e flutuações na moeda. O país passou por períodos de crise financeira e reestruturação da dívida que afetaram sua estabilidade econômica.
2. Um impacto gerado pela situação econômica argentina pode ser observado em países vizinhos da América Latina, como o Brasil. A Argentina é um parceiro comercial importante para o Brasil, e a instabilidade econômica no país vizinho pode afetar as exportações brasileiras e as empresas que têm negócios na Argentina. Isso pode levar a um desafio adicional para a economia brasileira.
3. Existem várias abordagens possíveis para solucionar os problemas econômicos da Argentina:
a) Políticas fiscais e monetárias mais rigorosas: O governo argentino pode implementar políticas fiscais mais responsáveis e medidas de controle da inflação para estabilizar a economia e restaurar a confiança dos investidores.
b) Reformas estruturais: A Argentina pode considerar reformas estruturais em setores-chave, como o sistema tributário e o mercado de trabalho, para melhorar a eficiência econômica e atrair investimentos estrangeiros.
4. A frase reflete a diversidade de opiniões e interesses em jogo quando se trata das economias de países menores. Alguns podem desejar o colapso dessas economias por razões competitivas ou políticas, enquanto outros veem essas situações como um alerta para a possibilidade de uma crise econômica mais ampla e seus efeitos negativos em todo o sistema financeiro global. A estabilidade econômica internacional está interconectada, e crises em países menores podem, de fato, desencadear efeitos em cadeia que afetam países maiores e a economia mundial como um todo. Portanto, a frase destaca a importância de buscar soluções para os desafios econômicos, independentemente do tamanho do país em questão.
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