Oi, Davi!
Tudo bom?
Não há certo nem errado, ambas informações estão incompletas, veja só: enquanto colônia, exportadora de matérias-primas para Portugal, o Brasil era proibido de criar indústrias. Contudo, quando a família real se mudou para nosso território, em 1808, uma série de leis coloniais foram extintas, dentre elas, o alvará que proibia a industrialização. No entanto, a simples permissão não foi suficiente para estimular a industrialização do país, que continuou com uma economia agroexportadora. Dentre as razões para que não houvesse o desenvolvimento da indústria está o Tratado de Aliança e Amizade (1810), que dava vantagens para Inglaterra: os produtos ingleses entravam no Brasil com somente 15% de imposto (menos até que os produtos portugueses, sobre os quais recaiam 16%). Logo, perceba: a vinda da Família Real foi fundamental para permitir a industrialização, mas não para realiza-la.
Em meados do século XIX, precisamente em 1844, a promulgação da Tarifa Alves Branco foi outro "empurrão" na indústria nacional, promovendo o aumento de impostos nos produtos importados. A lógica é: se você aumenta os impostos sobre as importações, o preço final de venda aumenta e, assim, você dá chance para que os produtos nacionais tenham competitividade. Esse ato, somado à Guerra de Secessão (1861 - 1865, EUA) e ao acúmulo de capital resultante do sucesso da cafeicultura, permitiu que algumas indústrias começassem a surgir pelo, então, Império brasileiro. É exemplo disso o famigerado Barão de Mauá. Apesar do aumento das indústrias a partir da segunda metade do século XIX, a participação desse setor na indústria nacional continuou baixo. Contudo, podemos dizer que o final do século XIX foi o princípio da nossa indústria.
Ao longo do século XX, notadamente em São Paulo, houve um aumento no número de indústrias, porém sem ultrapassar a importância do setor agroexportador. Os incentivos mais substanciais do Estado brasileiro com a indústria ocorrerão a partir da Era Vargas, sendo Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek dois dos grandes incentivadores.
Abraços,
Profª Ana Luiza