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Compare o modelo de eleição norte americano com os brasileiros, colocar pontos positivos e negativos.
A maior diferença é que no Brasil as eleições são diretas, ou seja, aqui o presidente eleito tem que ter maioria absoluta dos votos populares, isto é, 50% mais um, seja no primeiro ou no segundo turno .
Nos Estados Unidos, esse requisito não é necessário. Lá, um candidato pode vencer a eleição tendo menos votos populares que seu adversário. Isso ocorre porque quem elege o presidente norte-americano é um colégio eleitoral, composto por representantes dos 50 estados do país, num total de 538 – esses sim, eleitos pelo voto popular. O número de delegados de cada estado é proporcional à sua população.
Essa diferença ocorre porque os chamados Pais Fundadores do país, que influenciaram a redação da Carta, valorizavam mais o elemento republicano do que o democrático, pondo mais ênfase na representação do que na soberania popular, numa época em que nenhum país elegia seus governantes por sufrágio universal – pleno direito ao voto de todos os cidadãos adultos.
Sobre o porquê desse modelo de eleição, há um grande debate entre os historiadores até hoje, mas três razões costumam ser mencionadas: o medo de um Executivo central forte, o medo de que o voto popular fosse capturado por “aventureiros” e a escravidão.
Vantagens de eleições por sufrágio universal (Brasil): maior facilidade na apuração, princípio da democracia; desvantagens: a massa pode ser manipulada, risco de um governo centralizador, risco de ocorrer o chamado voto de cabresto.
Vantagens de eleições por colégio eleitoral (EUA): governo descentralizado, princípio republicano; desvantagens: maior dificuldade nas apurações, a população não participa diretamente.
O modelo de eleição norte-americano e brasileiro possuem algumas diferenças significativas, tanto em termos de organização quanto em relação às suas características e resultados. Abaixo, listo algumas das principais diferenças, bem como seus pontos positivos e negativos.
Modelo de eleição norte-americano:
Sistema de votação: o sistema eleitoral dos EUA é baseado em um sistema de colégio eleitoral, no qual os votos populares são convertidos em votos de delegados que são eleitos para representar cada estado. O candidato que ganha a maioria dos votos dos delegados (270 no total) vence a eleição.
Financiamento de campanha: as campanhas eleitorais nos EUA são financiadas principalmente por doações privadas, o que pode levar a uma influência indevida de interesses corporativos ou de grupos de interesse especiais nas eleições.
Duração da campanha: as campanhas eleitorais dos EUA são longas, geralmente começando um ano antes da eleição, o que pode levar a uma fadiga eleitoral e desinteresse dos eleitores.
Voto obrigatório: o voto não é obrigatório nos EUA, o que pode levar a uma participação eleitoral menor e a uma representação menos precisa da vontade popular.
Eleições intermediárias: os EUA têm eleições intermediárias a cada dois anos para a Câmara dos Representantes e um terço do Senado, o que pode ajudar a garantir a representação das mudanças na opinião pública.
Sistema bipartidário: o sistema político dos EUA é dominado por dois partidos principais, o que pode levar a uma polarização política e uma falta de representação de visões políticas mais diversas.
Modelo de eleição brasileiro:
Sistema de votação: o sistema eleitoral brasileiro é baseado em votação proporcional, onde os eleitores escolhem os candidatos e as vagas são distribuídas proporcionalmente à votação total de cada partido.
Financiamento de campanha: no Brasil, há um limite para o financiamento de campanha e o uso de recursos públicos é permitido, o que pode ajudar a garantir uma maior igualdade de condições entre os candidatos.
Duração da campanha: as campanhas eleitorais no Brasil são mais curtas do que nos EUA, geralmente durando cerca de três meses, o que pode ajudar a manter o interesse dos eleitores.
Voto obrigatório: o voto é obrigatório no Brasil, o que pode levar a uma maior participação eleitoral e uma representação mais precisa da vontade popular.
Eleições para todos os cargos: no Brasil, todas as eleições acontecem no mesmo ano, incluindo eleições presidenciais, para governadores, senadores e deputados, o que pode ajudar a garantir uma maior integração entre as diferentes esferas do governo.
Diversidade partidária: o sistema político brasileiro é mais diverso, com vários partidos políticos representados no Congresso, o que pode levar a uma maior representação de visões políticas diversas.