Apesar do conceito de células de trabalho ter sua origem no toyotismo e da complexidade dos
serviços prestados pela instituição financeira, conclui-se que o conceito de célula de trabalho
implantado fundamenta-se em um elemento básico do taylorismo: a especialização. Isto é, o
trabalhador, quando membro de uma equipe de análise, executa somente as atividades de sua
especialidade, estando completamente alienado para as outras atividades da célula. Uma
discussão pertinente para novos estudos voltados para a organização do trabalho em serviços
seguindo esta lógica. A célula de trabalho, segundo 06 (seis) entrevistados, aumenta a possibilidade de erros, na
medida em que não há uma definição clara sobre a participação de técnicos de outras células
na análise. Segundo os técnicos isso lhes tirou a liberdade, impossibilitando maior agilidade e
melhor qualidade da análise. FONTE: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2007_TR600448_9241.pdf
O conceito de célula de manufatura originou-se em estudos conduzidos na antiga
União Soviética por Sokolovsky nos anos 30 que propôs que partes de configuração e
características semelhantes deveriam ser produzidas da mesma maneira por um processo
tecnológico padronizado (HYDE apud HYER; BROWN 1999).
Rother e Harris (2002) apresentam o seu conceito de célula de acordo com a teoria
do pensamento enxuto: “Uma célula é um arranjo de pessoas, máquinas, materiais e métodos
em que as etapas do processo estão próximas e ocorrem em ordem seqüencial, através do qual
as partes são processadas em um fluxo contínuo”.
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Segundo Hyer e Brown (1999) a visão convencional, clássica, superficial, do layout
celular o caracteriza como sendo um arranjo que:
a) Produz partes ou famílias de produtos;
b) Envolve a locação física dos equipamentos para produzir estas famílias de
produtos;
c) Submete os equipamentos à produção da família de produtos.
FONTE: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/88655/236627.pdf?sequence=1&isAllowed=y