Conselho ultramarino e as companhias de comércio

Companhia mercantil organizada pelo Estado português para aumentar a produção, enfrentar melhor a concorrência estrangeira e tornar mais eficiente e lucrativo o comércio entre a colônia e a metrópole. No século XVIII são fundadas pelo marquês de Pombal as companhias gerais do comércio do Grão-Pará e do Maranhão (1755) e de Pernambuco e Paraíba (1759). Norte e Nordeste da colônia, um pouco abandonadas em razão do crescimento da mineração de ouro e de diamante na região das “minas gerais”. As companhias detêm privilégios como monopólio de compra e venda de mercadorias em sua área de atuação, autonomia para organizar o transporte marítimo, estabelecer preços e condições de financiamento e pagamento. As companhias de maneira geral não conseguiram atigir aos objetivos propostos, houve aumento de impostos por parte da Coroa portuguesa em regiões que já não iam muito bem economicamente o que levaria a revoltas de produtores e comerciantes locais. https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-do-brasil/companhias-de-comercio/amp

Bom dia, Fabio!

A criação do Conselho Ultramarino (1642) e das Companhias de Comércio tinham, como objetivo geral, facilitar a fiscalização e a organização dos assuntos relacionados à colônia, principalmente assuntos comerciais e econômicos.

Através da criação das Companhias de Comércio, por exemplo, há a formação do monopólio do comércio de alguns itens, ou seja: apenas UM comerciante ou companhia pode vender determinado produto, como madeira ou charque na colônia. Limitando o número de comerciantes autorizados a vender tais produtos, seria mais fácil para a Coroa portuguesa fiscalizar as transações e acompanhar o crescimento e a realidade da colônia, já que agora a Coroa saberia com mais facilidade a quantidade de produtos que circulavam no território e, consequentemente, o número de compradores existentes em determinada região. Além disso, o sistema possibilitava que certos comerciantes e produtores fossem beneficiados, enquanto outros se viam sem alternativa para lucrar.

Diante desse cenário, algumas revoltas (nativistas) ocorreram e tiveram seus motivos relacionados com o descrito acima. A revolta dos Beckman, por exemplo, tem suas origens em problemas no comércio de escravos no Maranhão. A Companhia de Comércio, que deveria fornecer 500 escravos africanos por ano, em média, durante 20 anos e garantir o abastecimento de bacalhau, vinho e farinha de trigo, não conseguiu cumprir esses compromissos, gerando revolta na população maranhense entre 1682 e 1684.

 

Espero ter contribuído, até mais!