Minha duvida é a seguinte: Os catolicos ortodoxos são aqueles que não adoram santo? Enquanto, que os romanos, são idolatras? é isso?
Olá!
Existem muitas diferenças entre os Católicos Ortodoxos e os "Católicos Tradicionais", digamos assim. A Igreja Ortodoxa surgiu após o desmembramento da Igreja Apostólica Romana, devido a diversas diferenças teológicas, tais como a veneração de imagens, que culminaram no Cisma de 1054. Depois de diversas incongruências, o Papa Leão IX e e o Patriarca Miguel I Cerulário se excomungaram, fazendo com que o Cristianismo se dividisse em dois grandes grupos: a Igreja Apostólica Romana e a Igreja Ortodoxa. Inicialmente, a Igreja Ortodoxa, que se deselvolveu no Império Bizantino, se espalhou por diversos países da Europa Oriental. Nos dias atuais ela está presente em diversos países, tais como Estados Unidos, Ucrânia e Rússia. Dentre as principais diferenças existentes entre a Igreja Ortodoxa e a Romana estão a hierarquia, já que a hierarquia máxima da Igreja Romana é o Papa, enquanto que na Igreja Ortodoxa existe uma maior liberdade, já que cada Bispo têm autonomia sobre a sua igreja. No tocante ao culto de imagens, na Igreja Romana elas são veneradas, enquanto que na Ortodoxa, como consequência do Movimento Iconoclasta, não há este tipo de veeneração.
Espero ter ajudado.
Após o Episódio do Movimento Iconoclasta que ocorreu durante o Império Bizantino, nos séculos VIII e IX, e foi um dos acontecimentos políticos religiosos mais relevantes e a proibição da veneração, contemplação ou adoração de ícones e imagens de cunho religioso.
A preocupação dos iconoclastas era de ordem política e religiosa, pois os mesmos temiam a aproximação com outros povos que possuíam outra religião que não a Católica, temiam também perder poder, prestígio e as riquezas da Igreja Católica, que cada vez mais se expandir para o Oriente.
A palavra iconoclasta tem origem no grego e significa "quebrador de imagens".
No ano de 730, o Imperador Leão III, deu início ao Movimento Iconoclasta, afirmando que os indivíduos deviam adorar somente a Deus. Portanto, muitos católicos Romanos, em especial os iconófilos, aqueles que cultuam as estátuas e imagens de santos, anjos e seres iluminados, foram considerados idólatras e foram torturados, perseguidos e exilados por tal Imperador.
O movimento Iconoclasta e suas ações de destruição de imagens persistiu até o Concílio de Nicéia II, em 787, que liberava definitivamente a veneração de imagens e representações.