Boa noite VF, beleza?
Porque D. Pedro II não aprovou Papal de 1864, que dizia que condenou a maçonaria e afirmava que um católico não poderia ser maçom. Desde do início do Império a maçonaria tinha relações estreitas com a realeza, sabendo disso ele não aprovou a bula papal . Causando revolta nos bispos Dom vital e Dom Antônio que expulsaram os maçons do quadro da igreja.
Lembrando que Dom Pedro II poderia vetar decisões da igreja dentro do País e nomear Bispos graças ao Padroado. Diante da atitude dos bispos o Imperador abriu um processo fazendo que fossem condenados por 4 anos de prisão. Porém, após um ano de prisão os dois foram soltos graças a um acordo entre o Imperador e o Papa
Os Republicanos usaram essa briga para abalar a imagem de Pedro II nos comícios dizendo que ele interferia em assuntos da igreja e da religião dos brasileiros.
Abraço
A "Questão Religiosa" foi um conflito significativo que ocorreu no Império Brasileiro durante o reinado de Dom Pedro II e desempenhou um papel importante no declínio da monarquia brasileira. Este conflito girou em torno do relacionamento entre o Estado e a Igreja Católica no Brasil e teve várias causas e implicações. Aqui está uma explicação mais detalhada desse problema e sua influência no declínio da monarquia:
Causas da Questão Religiosa:
Independência do Brasil: Após a independência do Brasil em 1822, a Igreja Católica perdeu o status privilegiado que tinha como religião oficial do Império Português. A Igreja passou uma competição com outras denominações religiosas e perdeu parte de sua influência sobre a administração e os assuntos estatais.
Conflitos sobre nomeações religiosas: A principal causa da Questão Religiosa foi a disputa entre o governo imperial e a Igreja Católica sobre as nomeações de bispos e padres. O governo imperial queria controlar essas nomeações, enquanto a Igreja insistia na autonomia nesse processo, argumentando que era uma questão de fé e doutrina.
Desenvolvimento e Consequências:
Excomunhão de D. Pedro II: Em 1874, Dom Pedro II desencadeou uma crise ao indicar um bispo sem o consentimento do Papa. Isso levou a um excomunhão do imperador pelo bispo Dom Vital, o que gerou uma grande melhoria no país.
Pressão internacional: A Igreja Católica buscou apoio internacional para suas reivindicações, o que colocou o governo imperial em uma posição delicada. A Santa Sé e outros países, como a França, apoiaram as reivindicações da Igreja, aumentando a pressão sobre o governo brasileiro.
Declínio da popularidade do imperador: A Questão Religiosa foi um dos fatores que se desenvolveram para a queda da popularidade de Dom Pedro II. Isso enfraqueceu a posição da monarquia no cenário político brasileiro.
República em ascensão: Enquanto a Questão Religiosa se desenrolava, o movimento republicano no Brasil estava ganhando força, promovendo ideais de laicidade do Estado e separação completa entre Igreja e Estado. A Questão Religiosa reforçou a visão republicana de que a monarquia era antiquada e não conseguia lidar de forma eficaz com os desafios modernos.
Influência no declínio da monarquia:
A Questão Religiosa desgastou a autoridade do governo imperial e contribuiu para uma crescente insatisfação com a monarquia. O movimento republicano aprovou o conflito para retratar a monarquia como incapaz de lidar com as questões modernas, incluindo a relação entre Estado e religião. Além disso, a Questão Religiosa atraiu a atenção internacional, o que minou ainda mais a posição do governo imperial.
A crescente polarização e instabilidade política no Brasil, agravadas pela Questão Religiosa, pavimentaram o caminho para a proclamação da República em 1889, quando a monarquia foi abolida e a forma de governo do país foi transformada em uma república. Assim, a Questão Religiosa desempenhou um papel notável no declínio e na queda da monarquia brasileira.