E qual foi o papel da ONU nessa guerra?

A Organização das Nações Unidas (ONU) teve um papel significativo durante a Guerra da Bósnia, embora sua atuação tenha sido marcada por desafios e controvérsias. Aqui estão alguns dos principais aspectos do envolvimento da ONU no conflito:

1. Missão de Paz: A ONU enviou forças de paz para a região, conhecidas como Forças de Proteção das Nações Unidas (UNPROFOR), em 1992. O objetivo inicial era proteger os locais humanitários e os blocos de população, além de tentar manter a paz e a segurança.

2. Reconhecimento de Refugiados: A ONU esteve envolvida na coordenação de esforços humanitários para assistir os milhões de deslocados e refugiados que fugiram do conflito. Agências da ONU, como o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), trabalharam para fornecer assistência.

3. Crimes de Guerra: A ONU estabeleceu um Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII) em 1993, com o objetivo de julgar os crimes de guerra e as violações dos direitos humanos cometidos durante o conflito, incluindo genocídio, tortura e limpeza étnica.

4. Esforços Limitados de Intervenção Militar: Apesar de sua missão de paz, a ONU não tinha um mandato robusto para intervir militarmente no conflito. Isso levou a críticas de que a ONU foi incapaz de proteger adequadamente os civis ou de impedir a escalada da violência, como evidenciado pelo massacre de Srebrenica em julho de 1995, onde milhares de bósnios muçulmanos foram mortos por forças sérvias.

5. Acordos de Paz: O envolvimento da ONU ajudou a facilitar o processo de paz que culminou na assinatura dos Acordos de Dayton em dezembro de 1995, que estabeleceram um novo arranjo político e territorial para a Bósnia e Herzegovina.

Em resumo, embora a ONU tenha tentado ajudar durante a Guerra da Bósnia, suas limitações e a complexidade do conflito geraram debates sobre a eficácia e a adequação de sua resposta à crise.