Só excluíria a alternativa em que diz não ter idioma defini e várias línguas, as demais possuem sim características de estados centralizados
Oi Bruno! Tudo bem?
Então, respondendo à sua pergunta, depende de que Estado e momento estamos falando, mas cada alternativa aí exigiria uma explicação por si só para que você possa entender o porquê de ser uma e não outra. Por exemplo, o "rei que seja uma autoridade de fato" no período dos Estados absolutistas não era necessariamente uma realidade (ainda que sim, o Estado fosse mais centralizado que no período feudal), como era o caso de Portugal no século XV, onde era comum que o poder, ainda que teoricamente centralizado nas mãos do rei, na prática se dissipava por administrações regionais e locais ao longo de seu território, sem contar o quanto as suas colônias - pegue o próprio caso do Brasil - se desenvolveram à revelia do que o imperador português dizia ou não, porque havia uma série de dificuldades de comunicação entre a monarquia e a câmara municipal de alguma cidade como São Paulo no período colonial.
Por outro lado, o território pode sim ser demarcado claramente pelo Estado, mas isso está em uma situação mais ampla onde estão em jogo os modos pelos quais a sociedade se identifica, assim como interesses econômicos das classes dominantes que fazem do Estado seu balcão de negócios. Por exemplo, ainda no exemplo do império português, sabemos que no século XVIII, teoricamente o que delimitava o território do império português e do espanhol ainda era o Tratado de Tordesilhas, mas com as expedições bandeiristas, nós temos uma mudança territorial, e este se torna inconstante por uma grande parte do século XVIII, de tal maneira que chegamos a 1822 com um território totalmente diferente. Nem sempre as fronteiras são claras para nós hoje, no presente, mas sim, era comum que os Estados centralizados absolutistas se colocassem sobre territórios demarcados especificamente - é nesse momento que podemos começar a falar de "França", "Inglaterra", "Espanha", "Portugal" etc.
Sobre os idiomas, é comum que em países com grande território existam múltiplos idiomas. O próprio caso do Brasil, ainda que adote o português e a LIBRAS como línguas oficiais, mostra que temos inúmeros povos indígenas que, com a intenção de manter vivas suas culturas, continuam falando suas línguas e o português. Mas há línguas oficiais: o português e LIBRAS, então isso acaba por ignorar, de certa forma, essa multiplicidade cultural. É que as línguas não respeitam, necessariamente, fronteiras territoriais. É comum, por exemplo, que países pequenos e que sejam vizinhos um dos outros tenham várias semelhanças linguísticas, como é o caso do espanhol e do português, ou do alemão e do inglês. Assim, acredito que essa seja a alternativa errada, porque normalmente os Estados centralizados reivindicam um ou mais idiomas oficiais, mas não reconhecendo outros que existam em seus territórios.
Por fim, sobre os exércitos, depende de que época estamos falando. Os exércitos permanentes são um fenômeno mais ligado ao século XIX do que, de fato, aos Estados absolutistas, que empregavam força mercenária para compor suas forças armadas. Então existem variações também.