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Idade média?

Quais são os principais fatores que contribuíram para a crise do feudalismo?
2 respostas
Professor Paulo C.
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Respondeu há 5 anos
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A crise no sistema feudal se deu em virtude da superpopulação que acabou atingindo grande parte da Europa, deixando de alimentar vários contingentes populacionais, gerando a Grande Fome e a Peste Negra. Além disso, pode-se inserir as Cruzadas que fez com que o mundo ocidental entrasse em contato com o oriente.

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Professor José J.
Respondeu há 5 anos
Contatar José Ailton
A crise do feudalismo europeu é um fenômeno complexo e de longo prazo que enfraqueceu o poder da nobreza e permitiu que os reis pudessem centralizar o controle de seus territórios, ir submetendo a nobreza aos poucos e montar a maquina estatal das monarquias europeias da Idade Moderna (exercito profissional, diplomacia, burocracia administrativa e fiscal, emissão e controle da moeda, estabelecimento de um código legal e de côrtes para a sua implementação). Parte dele foi consequência do progresso da economia feudal a partir do ano 1000 que levou ao aumento da população, abertura de novas terras agrícolas com a fundação de muitas aldeias novas, recuperação dos centros urbanos e fundação de novos no qual o comércio, o artesanato e atividades administrativas ocorriam. Isto impulsionou o desenvolvimento da economia monetária, indispensável para o comércio, e levou ao gradual enriquecimento e fortalecimento das camadas sociais ligadas a atividades mercantis e financeiras. No fim da Idade Média esses grupos lutam em muitas partes do norte da Europa para ganhar autonomia frente a nobreza nas cidades em que viviam e chegaram a tomar o poder em diversas cidades-estados do norte da Itália e formaram a Liga Hanseática no norte da Alemanha. O crescimento populacional, resultado do progresso econômico e social do feudalismo entre os séculos XI e XIII, ao não poder ser mantido mais pela economia feudal gerou pobreza e instabilidade social. Houve até mesmo um êxodo rural para as cidades formando favelas e aumentando a mendicância, pois nem a economia rural feudal e nem a das cidades conseguia manter a maior parte da população no fim da Idade Média. Essa população vivendo precariamente e o pouco desenvolvimento dos hábitos individuais e coletivos de higiene e limpeza lavavam ao desencadeamento de epidemias da qual a Peste Negra (epidemia de peste bubônica) de 1446-1449 foi a pior, pois matou quase metade da população europeia da época chagando a atingir um país tão longínquo como a Islândia. Essa epidemia veio também como resultado do progresso material da época, por outro lado, pois ela veio da China através de rotas comerciais que terminavam no Mar Negro ou na Síria e Egito e os mercadores europeus nesses lugares, ao fazer comércio, os trouxeram dessas terras (onde assolaram também os habitantes locais) para a Europa por meio das rotas marítimas do Mediterrâneo. Essas crises acumuladas diminuíam a produtividade dos feudos e para manter o seu nível de vida e a estrutura administrativa e militar das regiões sobre o seu controle, os senhores feudais aumentaram o nível de taxação dos camponeses bem como das obrigações de trabalho intensificando a miséria destes. O resultado foi provocar muitas revoltas camponesas como a Jacquerie do norte da França (maio a junho de 1358), a revolta camponesa inglesa de 1381, a revolta camponesa de Flandres (atual Bélgica) de 1323-1328 entre muitas outras. O apoio do clero católico a nobreza e a ordem feudal estimularam movimentos heréticos como os hussitas tchecos do fim do século XIV e começo do XV, os lolardos ingleses da mesma época entre ouros. O resultado foi o fortalecimento e aceleração do processo de formação das monarquias medievais, poiadas por diversas classes e grupos sociais como um antidoto tanto para resolver os problemas econômicos e sociais, domesticar a nobreza e garantir a ordem social estamental da sociedade feudal e a religião cristã católica. Filósofos e juristas (como os da Escola de Bolonha) desenvolveram argumentos teóricos e recuperam o direito romano para promover esse processo. Podemos recordar que São Tomás de Aquino, Marsílio de Pádua e Dante Alighieri eram defensores teóricos deste tipo de desenvolvimento para resolver os problemas das sociedades europeia católicas de seu tempo. Muitos nobres foram aceitando esse processo e passaram a atuar nas côrtes como funcionários e militares e, por sua vez, os reis respeitavam seus títulos e poderes locais. Muitos perceberam que a monarquia também era uma guardiã da ordem social feudal e da fé católica. O que não perceberam ou não aceitaram essas mudanças acabaram sendo derrotados militarmente pelos reis que , para fazer isso, contavam com o apoio social de camadas sociais que iam do campesinato até a burguesia, a intelectualidade e grande parte do clero católico.

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