O quadrinho sugere a insistência na fala apesar das perseguições. Mas, ainda que o denunciante morra, outros continuarão a sua missão. Trata-se de sugerir o poder da comunicação e da denúncia: em uma ditadura, de fato, aqueles que denunciam sempre são perseguidos, caluniados e mortos (Veja o regime militar no Brasil).
A mesma lógica valeu, no século XVIII, para o Antigo Regime e explica o porquê do quadrinho: também os soberanos e os nobres da época perseguiram e se opuseram aos filósofos e revolucionários que denunciavam os males daquela sociedade injusta e desigual. Basta lembrar, por exemplo, as censuras contra Rousseau (e a sua obra Do Contrato Social), contra a Enciclopédia dos iluministas e as costumeiras prisões dos seus opositores.
Mas, no entanto, os novos valores defendidos pelos críticos do Antigo Regime (luta por igualdade política, fim da exploração, valorização do saber...) nunca foram abandonados...