Os governos-gerais foram instituídos como uma tentativa de centralizar e fortalecer a administração colonial no Brasil, após o sistema de capitanias hereditárias ter se mostrado ineficaz em vários aspectos. A segunda metade do século XVI foi marcada por diversos desafios na colonização, e os governos-gerais foram uma resposta a esses problemas por várias razões:
Fragmentação Administrativa das Capitanias: As capitanias hereditárias resultaram em uma administração fragmentada e descoordenada, com alguns donatários enfrentando dificuldades financeiras e militares para desenvolver suas capitanias. Os governos-gerais buscavam unificar o controle administrativo e garantir uma administração mais eficaz.
Defesa e Segurança: Havia a necessidade de uma defesa mais organizada contra ameaças externas, como invasões de outros países europeus e ataques indígenas. Um governo centralizado poderia coordenar melhor as defesas do território.
Desenvolvimento Econômico: Havia a intenção de impulsionar a produção de cana-de-açúcar e outras atividades econômicas. Um governo centralizado facilitava a implementação de políticas econômicas mais abrangentes.
Representação da Coroa Portuguesa: O governador-geral representava diretamente os interesses da Coroa Portuguesa, garantindo que as diretrizes e interesses reais fossem implementados de maneira mais uniformemente por todo o território.
Em resumo, os governos-gerais foram instituídos porque o sistema anterior de capitanias não conseguiu garantir uma colonização efetiva do Brasil, e havia a necessidade de um governo mais coordenado e forte que pudesse enfrentar os desafios administrativos, econômicos e de segurança da colônia.
Porque as Capitanias Hereditárias não estavam sendo efetivas devido a sua grande descentralização e altos valores para promover a colonização, o que levou a criação do Governo Geral, levando a maior centralização da admnistração colonial,podendo os governadores gerais criarem engenhos e admnistrarem as terras coloniais ,enviando impostos para a coroa portuguesa.
Os governos gerais centralizaram a administração colonial, fortalecendo o controle da Coroa sobre o Brasil. Diante do fracasso das capitanias hereditárias, essa estrutura unificou esforços para defesa, exploração econômica e organização política, garantindo a colonização efetiva na segunda metade do século XVI.
Os governos gerais foram instituídos com a unica solução político administrativa viável para a colonização efetiva do Brasil na segunda metade do século XVI, porque o antigo processo de povoamento do território brasileiro, as chamada capitanias hereditárias, onde o territorio foi dividido em cinco captanias herditárias, não estava sendo suficientemente eficaz para promover as intenções da Coroa - controle sobre a invasão francesa, conversão da população ao cristianismo, deslocamento os custos da colonização da Coroa para particulares, promoção da colonização portuguesa e recompensar pequenos nobres por serviços prestados à Coroa -, o que levou a falhas e vácuos que levaram os donatários a desistir de sua capitania pela falta de recursos e não adaptação ao clima do lugar, o que favoreceu ataques de outros países e de povos originários. A apartir daí, a Coroa buscou um solução e chegou aos governos gerais, onde o poder de fiscalizar e proteger o local se concentrou na mão do governador-geral.