Por que a Igreja apoiava os reis na idade média, e no Império Romano não?
Durante muito tempo o império romano perseguiu os cristãos. As igrejas eram destruídas. Então, a relação entre império e igreja católica não era de paz, não havendo motivo para igreja apoiar o seu perseguidor.
Apenas em 313 d.C, o imperador Constantino se converteu ao cristianismo e permitiu o culto dessa religião por todo o império.
Em 391, a religião católica se torna oficial do império e passa de perseguida a perseguidora de cultos considerados pagãos.
Veja bem, primeiro é preciso diferenciar Igreja de Religião.
Ao longo do Império Romano a Religião sempre esteve atrelada ao poder, porém sem grande influência. Em Roma o poder esteve atrelado ao Senado e ao Exército. Em Roma, durante o Império, o monarca era adorado, de forma similar à um Deus.
Já na Idade Média e, especialmente no início da Era Moderna, com a formação dos Estados Nacionais Absolutistas, a Igreja Católica passou a ter influência direta no poder político. Houve uma grande aliança entre as elites do clero e da burguesia para concederem poderes absolutos aos Reis, a fim de que esse pudesse garantir um ambiente favorável aos negócios comerciais burgueses, e, à Igreja Católica, o controle das mentalidades. Dessa forma, foi idealizada a Teoria da Origem Divina dos Reis, que governavam a nação sob os auspícios do Deus católico.
Boa noite Julia. Entre as formas de governo do Império Romano e dos reinos da Idade Média há uma diferença considerável.
O Império Romano era único, e após o séc. IV, mais precisamente após o ano 325 d.D., quando o Cristianismo passa a ser a religião oficial do império, ainda unido, a fusão entre igreja e Estado é forte e de certo modo até inquestionável. Não haviam "reinos" á parte do Império Romano para apoiarem ou se contraporem à igreja. As nações à parte do Império Romano eram julgadas politicamente fracas ou mesmo nulas, para que se levasse em conta um apoio de alguma relevância à igreja.
Já na Idade Média, os reinos que haviam, assim foram sendo constituídos com o aopio, aval da própria igreja. Eram impérios sacros, assim considerados. Alguns, quando se rebelevam contra Roma, mesmo já com o império caído, não costumava ir muito longe, sem o apoio de outros reinos e da própria igreja. A coisa era, desse modo, muito mais política do que propriamente religiosa.