Republicanismo

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Tiago,

Para compreendermos a ascenção do republicanismo e a queda da monarquia no Brasil, precisamos nos atentar para uma série de fatores, os quais, em sua grande maioria, estão relacionados à uma parcela restrita da população. 
Em primeiro lugar, precisamos ter em mente que a transição para o Republicanismo visava atender aos interesses da elite econômica dominante, majoritariamente agrária, voltada para a produção e exportação do café. É importante notar que essa elite se apoiava no aparato estatal para alcançar seus interesses e, uma vez que esses interesses não mais eram atendidos, foi necessária a troca do antigo poder para um novo. 
Pensando em exemplos práticos, nos voltemos para a questão da escravidão: o preço de um escravo era algo a ser considerado e, uma vez declarada a abolição, os antigos proprietários de escravos não receberam uma compensação monetária pela perda de sua "propriedade" (note que utilzei parênteses para me referir à mentalidade daquela época). 
Além disso, também devemos nos atentar à questão religiosa: a população brasileira, majoritariamente católica, garantia à Igreja enorme poder de influência sobre a monarquia. A partir do momento em que o Imperador passou a se opor à Igreja (episódio esse conhecido como a questão Papal), perdeu um pilar importante de seu governo. 
Além da questão reliogiosa, temos também a questão militar. Uma série de conflitos entre a Monarquia e o Exército fez com que o último deixasse de apoiar a Coroa, fortalecendo ainda mais o movimento Republicano. 
Sendo assim, podemos notar que uma série de interesses alheios àqueles do povo culminaram na proclamação da república.
Uma das minhas frases favoritas a respeito da proclamação da república é: "O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada." 

O republicanismo, no Brasil, conseguiu oferecer resposta à sociedade e aos intelectuais da época, sendo tomado por diversas nuances, consegue fornecer resposta a diferentes setores da intelectualidade daquele período. Sendo que não só atacava a Coroe, destutuindo a monarquia, e a escravidão, a implantação desse novo modelo político trouxe inovações a política e à intelectualidade daquela época.

Fonte: https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/o-republicanismo-no-brasil-imperio.htm.

A Monarquia brasileira passou por vários episódios conturbados nas últimas duas décadas do século XIX. O fortalecimento das ideias abolicionistas e republicanas abalaram as estruturas do Império. A Guerra do Paraguai trouxe mais visibilidade à ideia de República em função da simpatia do Exército por esse regime de governo. Além disso, o Manifesto Republicano inspirou o surgimento de jornais e dos primeiros grandes partidos (PRM e PRP) que se tornariam protagonistas na Primeira República. Por último, o advento das ideias Positivistas, que trouxe a visão de modernidade do novo regime, em contraposição à Monarquia, cada vez mais vista como símbolo de atraso.

Um dos aspectos mais importantes é a participação do povo no exercício do poder político, afetando outros fatores que incluiam a sociedade brasileira de modo mais íntegro, trazendo a participação dos indivíduos para as decisões, na construção de um processo eleitoral. Assim, se desenvolve o conceito de cidadania. Esta nova estrutura política, contribuiu para que houvesse uma emanação de direitos e deveres, que pudessem chegar ao povo, o que mobiliza uma transformação e participação integrada. O fator de liberdade e integração política traz novos paradigmas, promove uma nova ordem social ao tão almejado voto de liberdade e igualdade nos movimentos para uma sociedade mais justa.