Compare a situação brasileira atual com a da França do século XVIII, quanto à questão dos privilégios de alguns grupos sociais. Relate as semelhanças e diferenças encontradas e relacione-as
Na questão dos privilégios, podemos destacar a classe política. Assim, como o Clero e nobreza tinham papéis preponderantes enquanto primeiro e segundo Estado, no atual recém-acabado cenário de 2022, vimos grupos religiosos com poder de articulação política e financeira em seguimentos específicos, apoiados pelo Governo Federal. Além de ter uma forte influência de empreiteiras e empresas com poder de “lobby” no parlamento, não diferente da nobreza francesa. Brasília está para o Brasil, o que Versalhes foi para a França. O terceiro Estado daquele tempo, ainda pode ser comparado ao resto da população que geralmente, não tem participação política e pouco se vê representada por seus governantes que esbanjam o erário, tal como Luís XVI e os seus pares esbanjavam o dinheiro de impostos, em Versalhes, enquanto a maior parte da população vivia na penúria. A diferença primordial, é que diferente do cenário radical que víamos na França do século XVIII, arrasada também por questões externas como a Guerra dos 7 anos (1756 – 63), no Brasil atualmente não temos conflitos externos. Temos pouca consciência coesa e coletiva do cenário político. Embora, com o avanço acessível de aparelhos e planos de “internet”, a população ainda se mostra morosa em alguns aspectos e menos vigilante. Poucos acompanham de fato o que acontece nos bastidores e diferente daquela geração reacionária francesa no final do Século XVIII, o Brasil se mostra mais permissivo, conivente e passivo ante às barbáries e medidas nocivas dos seus governantes.