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Marcelo há 8 anos
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Interpretação

Em junho de 1913, embarquei para a Europa a fim de me tratar num sanatório suíço. Escolhi o de Clavadel, perto de Davos-Platz, porque a respeito dele me falara João Luso, que ali passara um inverno com a senhora. Mais tarde vim a saber que antes de existir no lugar um sanatório, lá estivera por algum tempo Antônio Nobre. “Ao cair das folhas", e um de seus mais belos sonetos, talvez o meu predileto, está datado de "Clavadel, outubro, 1895". Fiquei na Suiça até outubro de 1914. BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985. No relato de memórias do autor, entre os recursos usados para organizar a sequência dos eventos narrados, destaca-se a A) construção de frases curtas a fim de conferir dinamicidade ao texto. B) presença de advérbios de lugar para indicar a progressão dos fatos. C) alternância de tempos do pretérito para ordenar os acontecimentos. D) inclusão de enunciados com comentários e avaliações pessoais. E) alusão a pessoas marcantes na trajetória de vida do escritor. Qual a alternativa correta e por quê?
Letras
2 respostas
Professora Luma D.
Respondeu há 8 anos
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Letra C. Há a alternância de tempos do pretérito para ordenar os acontecimentos. Percebe-se na passagem: "embarquei para a Europa" (Pretérito Perfeito - fato que ocorreu no passado e foi concluído); falara, passara, estivera (Pretérito mais-que-perfeito). Portanto, nota-se tanto a ocorrência do pretérito perfeito (ao apresentar o período em que o autor fez um tratamento de saúde na Europa) e o pretérito mais-que-perfeito (o qual situa alguns fatos em um período anterior ao da viagem) - A conversa com João Luso e a estadia do poeta Antônio Nobre em Clavadel.

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Professor Marco A.
Respondeu há 8 anos
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Al pertenecer al género referencial de memoria autobiográfica, el autor discurre en acontecimientos del pasado, pero no todos son parte de un mismo tiempo ("En junho de 1913 embarquei") aunque, como relato histórico, son todos hechos del pasado pero no del mismo tiempo pretérito. "Embarquei" en tal data, es perfecto, sin embargo en ese proceso retrocede a un pasado previo que es cuando recuerda el diálogo que sostuvo con João Luso (hecho anterior a su partida). Luego incluye un "Más tarde", secuencial dentro del relato donde inserta otro tiempo que a su vez es otra historia: una suerte de metahistoria dentro de su memoria autobiográfica. Para seguir luego con la anécdota del soneto y cerrar con otra fecha precisa (octubre de 1914). Son estos los límites temporales pero dentro de ellos se produce un ejercicio temporal dialéctico: un ir y venir, de acuerdo a los caprichos de la memoria. Ahora, más allá de las terminaciones verbales (si pretérito perfecto simple o complejo, o pluscuamperfecto, etc.), el recurso inevitable y necesario para narrar hechos que en la realidad son de distintos períodos del pasado y que en consecuencia permiten la construccipón del relato histórico autobiográfico referencial o memorístico, es que alterna estos tiempos sin los cuales el propósito de contra historias reales (y humanas) pasadas no tendría resultados. Sería una suerte de cuento infantil en que todo se halla dentro de un gran tiempo, profundo, recóndito. Atemporal. Inaccesible. Como el de los mitos clásicos. Por cierto, es c).

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