Professora Angélica I.
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Não sou formada na Área de Letras, Língua portuguesa ou Literatura, porém os dois autores escreveram obras que descrevem situações reais pelas quais ambos passaram.

Euclides da Cunha, escreve uma das mais importantes obras da Literatura em Língua portuguesa retratando o cenário e as problemáticas dos sertanejos nordestinos, pois o mesmo participa da Guerra de Canudos, que foi um evento histórico ocorrido no início da República que tinha como objetivo por parte dos revoltosos, o retorno do regime monarquico ao Brasil. Mas, para além da descrição do conflito, o autor apresenta uma visão crítica em relação a visão que os habitantes de São Paulo e outros estados tinham do Nordeste brasileiro. 

Lima Barreto, por sua vez, neto de escravos que haviam sido traficados da África, encontra dificuldades para concluir seus estudos e também sofreu resistência por parte  da Academia Brasileira de Letras e acabou se tornando um alcoólatra, o que o fez ser internado em um manicômio e dentro da instituição, o escritor produziu uma obra relatando o que acontecia com os negros no início do século XX. Esse é um dos motivos que faz com que sua obra seja estudada e tendo seu reconhecimento ao longo do século XX. 

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Professor Gil M.
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Respondeu há 4 anos
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O período foi profundamente marcado por acontecimentos de ordem política, advindos do marco histórico referente à Proclamação da República. Para sermos um tanto quanto precisos, façamos uma viagem no tempo, a qual nos permite constatar que a partir de 1894, com a posse do primeiro presidente civil – Prudente de Moraes – iniciava-se uma nova fase: a denominada República Café-com-Leite, ou somente República das Oligarquias, sendo esta representada por lideranças políticas de São Paulo, Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. Diante desse quadro, não precisamos nem de muito esforço para saber que o “poder” estava restrito somente àqueles grandes fazendeiros, em especial aos ricos cafeicultores.

Paralelamente a esse período, era notável a chegada de imigrantes, sobretudo os italianos, os quais “aportavam” no centro-sul do país no intuito de trabalhar nestas lavouras de café, em substituição à mão de obra escravocrata. Com isso, era notório o processo de urbanização pelo qual passava a cidade de São Paulo. O resultado de tudo era tão somente o surgimento da classe operária e o avanço da classe média. Do outro lado, os escravos recém-libertados passavam por um processo de significativa marginalização.

Contudo, mediante tal ascensão, sobretudo no que se referia ao Sul e Sudeste brasileiros, a região nordeste sofria as consequências advindas da crise açucareira, refletindo de forma direta na economia local. Dessa forma, mediante a tantos contrastes, de um lado havia uma elite detentora do poder, economicamente falando; do outro, era evidente o clima de euforia resultante das camadas menos favorecidas.

Tudo isso culminou em movimentos revolucionários, tais como a Guerra de Canudos, a Revolta da Chibata, a Revolta da Vacina, entre outros. Tais manifestações, não podendo ser diferente, atingiram o campo das artes, em especial o da literatura, representadas por figuras que deixaram impressa toda ideologia e seu posicionamento acerca da realidade vigente, exercendo tamanha representatividade

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