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Rodolfo há 5 anos
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Crônica

Boa noite professores (a), sei que a questão parece ser enorme, mas essa crônica é bem legal. Minha dúvida que não quer sair é: Quais características essa crônica apresenta? Qualquer ajuda é muito bem aceita! 

Sei que as crônicas podem apresentar cerca de 9 características, mas estou com dúvida. 

NOMES CONDICIONAM DESTINOS

 A operação toda foi muito complicada. Começou no cartório, quando ele foi registrar o filho recém-nascido. -Qual o nome do garoto? -perguntou o encarregado e, quando ele disse, o homem olhou-o intrigado: -Espere aí: parece nome de cavalo. Você tem certeza de que é isso mesmo? Olhe, que essas coisas podem ter repercussões sérias. Ele garantiu: era aquele o nome, não tinha dúvidas. O escrivão deu de ombros e redigiu o documento. Que ele mostrou para a mulher naquela mesma tarde. Recém-chegada da maternidade, ela ainda convalescia de um parto difícil. Quando olhou o papel, empalideceu: -Mas isso é o nome de um cavalo! De novo ele tentou negar. Sem resultado. Ela conhecia muito bem a paixão do marido por corridas, não se deixaria enganar. E repetiu, agora furiosa: -Você deu ao nosso filho o nome de um cavalo! Como é que você foi fazer uma coisa dessas? Ele então resolveu explicar: -É verdade, mulher. É o nome de um cavalo. Mas você sabe de que cavalo estamos falando? É um campeão, mulher, um campeoníssimo, nunca perdeu uma corrida sequer. Um grande cavalo. Uma pausa e ele continuou: -Esse cavalo, mulher, tem mais sorte do que eu. Eu nunca ganhei nada, nunca consegui nada. E você sabe por quê: por causa do meu nome. Meu pai fez o grande favor de batizar-me de Último. Segundo ele, isso correspondia a um propósito: ele não queria mais filhos, então eu seria o Último. E eu fui o último na família, o último no colégio, sou o último lá na empresa: último, sempre último. Agora: você quer que o nosso filho tenha o mesmo destino? Não, mulher. O nosso filho será um vencedor. Como esse cavalo que lhe dá o nome. Ela não queria saber de explicações. Dois meses depois, estavam separados. Coincidentemente, ele perdeu o emprego. Quem os ajudou foi o dono do cavalo, que ficou sabendo da história. Comovido, resolveu ajudar a família. E assim teria feito por muito tempo, se não fosse o azar: o cavalo, o grande campeão, machucou-se seriamente e nunca mais pôde correr. Hoje, anos depois, o animal está no modesto sítio de seu dono. De vez em quando, o garoto vai lá, levado pelo pai. É uma coisa comovente: os dois se adoram. Afinal, como diz o caseiro do sítio, ambos têm o mesmo nome.

Professora Cynthia F.
Respondeu há 5 anos
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Olá, tudo bem?

Essa é uma crônica narrativa, caracterizada, principalmente, por retratar com humor e ironia situações que podem ser encontradas no cotidiano. 

Por ser um gênero de origem jornalística, é um texto curto, de linguagem simples e direta; e, por ser também um gênero literário que busca se aproximar do leitor, apresenta uma construção mais leve e coloquial.

 

Espero poder ter ajudado!

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