Derivacao

A palavra HUMANIDADE é formada pelo processo de:

(A) composição por aglutinação.

(B) composição por justaposição.

(C) derivação parassintética.

(D) derivação prefixal.

(E) derivação sufixal.

RESPOSTA: OPÇÃO E.

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Nicoli,

No processo de formação de palavras por derivação prefixal ou sufixal (anexação de radical ou afixo a determinada palavra ou vocábulo) não há que se falar em composição por justaposição ou por aglutinação. Esta se dá somente entre palavras ou vocábulos (autônomos).

Composição por justaposição - Processo de formação de palavras que consiste em juntar duas ou mais palavras distintas, cujos semantemas permanecem absolutamente inalterados, conservando, cada uma, sua integridade morfológica e fonética, para criar uma palavra nova, com significado independente, em oposição à aglutinação.

Exemplos: porco-espinho, vaivém, laranja-pera, porta-malas, madrepérola, cantochão, pé-de-meia, surdo-mudo, passatempo.

Composição por aglutinação - Diferentemente da justaposição, na aglutinação os elementos se unem intimamente, ocorrendo perda de fonemas em pelo menos um deles e, especialmente, de acento de um dos vocábulos aglutinados, passando a subordinar-se a um único acento tônico.

Exemplos: planalto (de plano + alto), embora (de em + boa + hora), aguardente (de água + ardente), pernalta (de perna + alta)

Derivação parassintética - É o processo de formação de palavras por junção simultânea de prefixo e sufixo ao semantema [radical ou raiz], de tal forma que o vocábulo não existe só com o prefixo, nem só com o sufixo.

Exemplos: anoitecer, enriquecer, enraivecer, ajoelhar, desalmado.

No processo de formação de palavras existem ainda a derivação regressiva e a derivação imprópria.

Derivação regressiva – Criação de um substantivo pela redução ou eliminação de sufixo da palavra primitiva e acréscimo de uma vogal temática: abalo, de abalar; saque, de sacar; canto, de cantar; asco, de asqueroso; arrocho, de arrochar; pesca, de pescar. São considerados derivados regressivos todos os substantivos deverbais ou pós-verbais (substantivo abstrato que se deriva regressivamente de um verbo), tais como ajuda, saque, abalo, ameaça, ataque, gasto.

Derivação imprópria - Formação de palavras por meio da mudança da categoria gramatical sem a modificação da forma, como em o rir e o coçar é questão de começar, em que rir e coçar são empregados como substantivos, e não como verbos. É classificada como derivação imprópria a passagem do substantivo próprio para o comum (barnabé, benjamim, cristo), de substantivo comum a próprio (Oliveira, Leão), de adjetivo a substantivo (o barroco, a tônica, o bom, o brasileiro), de substantivo a adjetivo (homem burro, blusa rosa, modelo padrão), de verbo a substantivo (o fazer, o dizer), de preposição a substantivo (os prós, os contras), de advérbio a substantivo (o sim).

O sufixo nominal -dade, de origem latina, é formador de substantivos abstratos derivados de adjetivos, podendo indicar: (1) qualidade ou estado: beldade, bondade,  integridade, lealdade, maldade, verdade; (2) ação realizada: barbaridade; (3) coleção: irmandade, mortandade.

• Quando se junta a palavras terminadas em -io (vário) ou em -ia (ânsia), é precedido de um -e-, que toma o lugar do -o ou do -a: variedade, ansiedade.
• Se a palavra termina por -al (penal, real), precede-o um i: penalidade, realidade. (Exceções: beldade, crueldade, igualdade e lealdade.)
• Se a palavra termina em -o precedido de consoante (raro) ou de vogal, exceto i (espontâneo), introduz-se um i: raridade, espontaneidade.
• Se a palavra termina em -az (capaz), -iz (feliz), -oz (veloz), muda-se o z em c e introduz-se um i: capacidade, felicidade, velocidade.
• Se a palavra termina em -vel (do lat. -bilis), muda-se o -vel em -bil, de forma latina, que era do português antigo: afável, afabilidade; horrível, horribilidade; móvel, mobilidade; provável, probabilidade.
• Em cidade, herdade e umidade houve supressão das duas últimas sílabas: ci/citas, here/ditas, humi/ditas.
• As palavras majestade e tempestade conservaram a forma latina.

Nicoli, veja:

Na justaposição, vemos que "na união dos termos, os radicais não sofrem nenhuma alteração em sua estrutura, por exemplo, surdo-mudo, guarda-chuva, abre-latas, etc." (todamateria)

Já na derivação sufixal, como em seu exemplo, há alteração da vogal final: humano + dade = humanidade; contemporaneidade; praticidade. 

O sufixo -dade "tem como origem o sufixo latino -tati e forma substantivos abstratos que designam "qualidade, modo de ser, estado, proprie- dade", afixando-se a adjetivos (derivados ou não)." (unesp)

Espero tê-la ajudado. At.te, tutor Miguel Augusto Ribeiro.

Derivação sufixal, já que vem de humano